FronteiraZ (Dec 2022)

Paris no imaginário cultural e literário do Rio de Janeiro Fin-de-siècle

  • Gilda Vilela Brandão

DOI
https://doi.org/10.23925/1983-4373.2022i29p110-125
Journal volume & issue
no. 29

Abstract

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RESUMO Discorremos, neste artigo, sobre a forte presença da cultura francesa no imaginário da sociedade letrada do Rio de Janeiro na virada do século XX, processo aculturativo a que se deu o nome de “francesismo”. Essa configuração ideológico-cultural nos importa na medida em que, no mesmo contexto temporal, examinamos os fundamentos históricos do Simbolismo literário francês, apanhando-lhe as origens, desde Charles Baudelaire (1821-1867), cuja poesia, impregnada de misteriosa harmonia e de efeitos sombrios, abalou o modelo parnasiano e a tirania da tradição. Com base nos periódicos da época, nos detemos nos embates entre simbolistas e decadentes em um momento em que a ideia de decadência tomava corpo no universo cultural da França fin-de-siècle. Por último, discutimos o Simbolismo no Brasil, sua recepção crítica – problema fundamental para nossa historiografia literária – destacando, brevemente, sua manifestação na poesia de Cruz e Sousa (1861-1898). PALAVRAS-CHAVE: Francesismo; Decadência; Simbolismo; Charles Baudelaire; Cruz e Sousa

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