Clinical and Biomedical Research (Apr 2011)
Vírus Respiratórios e Ventilação Mecânica em Lactentes Brasileiros
Abstract
Introdução: Entre lactentes, Vírus Sincicial Respiratório e Metapneumovírus são agentes importantes de infecção respiratória baixa com necessidade de ventilação mecânica. Índice de Ventilação e Relação PaO2/FiO2 podem ser fatores prognósticos do tempo de ventilação mecânica nestes casos. Métodos: Dentre 284 lactentes (zero a 12 meses), hospitalizados por infecção respiratória aguda baixa em 2004, 2007 e 2008, foram avaliados 20 que necessitaram de ventilação mecânica. Análise da secreção nasofaríngea para vírus por Polimerase Chain Reaction foi realizada; o Índice de Ventilação Mecânica e a Relação PaO2/FiO2 foram obtidos nos primeiros cinco dias de ventilação mecânica; tempo prolongado de ventilação pulmonar mecânica foi considerado sete dias ou mais. Resultados: 10/20 lactentes foram identificados com Vírus Sincial Respiratório; 0/20 foram positivos para Metapneumovírus. A análise estatística comparativa não mostrou diferenças entre Índice de Ventilação Mecânica e Relação PaO2/FiO2 e tempo de ventilação pulmonar prolongada entre os grupos Vírus Sincicial Respiratório positivo e negativo. A identificação do genótipo foi realizada em 6 de 10 Vírus Sincicial Respiratórios encontrados; o pequeno número de casos não permitiu relacionar a apresentação clínica com as características virais (subgrupos e genótipos). Conclusão: Índice de Ventilação Mecânica e Relação PaO2/FiO2 não foram úteis como fatores prognósticos de tempo de ventilação mecânica prolongada para este grupo. De maneira ideal, estudo com maior número de lactentes, teste para vários vírus, e testes para a imunidade inata e adaptativa, poderia mostrar o impacto destes fatores na evolução dos lactentes em ventilação pulmonar mecânica. Infelizmente, recursos para pesquisas como esta não estão facilmente disponíveis.