Planta Daninha (Jun 1998)

Interferência da palhada de capim-braquiária, sobre o crescimento inicial de eucalipto Interference of brachiaria grass mulch on initial growth of eucalyptus

  • Weber Dinardo,
  • Roberto E. B. de Toledo,
  • Pedro L. da C. A. Alves,
  • Antonio J. B. Galli

DOI
https://doi.org/10.1590/S0100-83581998000100002
Journal volume & issue
Vol. 16, no. 1
pp. 13 – 23

Abstract

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O presente trabalho foi conduzido com o objetivo de avaliar os possíveis efeitos da interferência, particularmente a alelopática, da palhada de Brachiaria decumbens (BRADC), resultante de controle químico com glyphosate (1440 g e.a./ha), sobre o crescimento inicial de plantas de Eucalyptus grandis. Os tratamentos experimentais foram os seguintes: eucalipto convivendo com a BRADC até 230 dias após o transplante (D.A.T.); eucalipto convivendo com BRADC, mas sendo essa controlada aos 106 D.A.T. com capina manual ou com uso de glyphosate; eucalipto sem convivência com BRADC, mas com simulação dos controles aos 106 D.A.T.; eucalipto sem conviver com BRADC e recebendo a palhada da planta daninha obtida em área tratada com os dois métodos de controle, adotando como testemunha a cobertura com Sphagnum. Ao final do período experimental (230 D.A.T.) constatou-se que as plantas de eucalipto que cresceram em convivência com BRADC apresentaram reduções significativas na altura, diâmetro do caule, número de folhas e de ramos e área foliar quando comparadas com as plantas que cresceram nos recipientes que receberam a cobertura morta de BRADC, independente do método de controle empregado. Observou-se, que tanto o controle químico como a capina manual, não afetaram o crescimento inicial das plantas de eucalipto, independentemente da situação de convivência ou de simulação. Com base nesses resultados, pode-se concluir que o capim-braquiária, quando controlado quimicamente com glyphosate, não exerceu efeito sobre o crescimento inicial do eucalipto.The aim of this work was to evaluate possible effects of Brachiaria decumbens (BRADC) mulching resulted from either glyphosate application (1440 g.a.e./ha) or hand weeded on E. grandis initial growth. The plots were 50 l containers infested or not by BRADC. The experimental treatments consisted of no control of BRADC up to 230 days after Eucalyptus transplanting (DAT); BRADC control (using glyphosate or hand weeded at 106 DAT); simulation of treatment BRADC control not infested by BRADC, and BRADC mulch, resulted from glyphosate application or hand weeded, transfered from an area infested by BRADC. At the end of the experiment (230 DAT) it was observed a significant reduction on eucalyptus plant high, stem diameter, leaf and branch number, and leaf area, in the treatment where BRADC was not controlled, when compared to the plants growing in containers not infested by BRADC that received BRADC mulch obtained from glyphosate or manual hoeing. Chemicalcontrol and manual hoeing did not affect initial growth of eucalyptus, independent on competition or simulation conditions. Based on the results we conclued that BRADC mulch resulted from chemical control by glyphosate do not affect eucalyptus initial growth.

Keywords