Revista Ciência em Extensão (Jun 2010)

Laboratório de investigação de paternidade: 6 anos de dedicação à extensão, agregando valor à pesquisa e ao ensino

  • Joyce Aparecida Martins,
  • Larissa Valle Guilhen Longo,
  • Greiciane Gaburro Paneto,
  • Gabriela Augusto Pereira,
  • Adriana Freschi,
  • Maria Angélica de Camargo,
  • Aline Caroline Omai de Mello,
  • Jeane Cristina Costa,
  • Vera Lucy de Santi Alvarenga,
  • Regina Maria Barreto Cicarelli

Journal volume & issue
Vol. 3, no. 0

Abstract

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Introdução: O laboratório iniciou suas atividades em 2001, oferecendo, diretamente para clientes particulares ou através da Justiça, exames de filiação pela análise do DNA. A partir de 2002, este passou a realizar análises de identificação humana em vestígios biológicos para finalidade forense e, em 2003, começou a desenvolver pesquisas na área de identificação humana. Em 2006, foi estabelecida uma parceria com o IMESC (Instituto de Medicina Social e de Criminologia de São Paulo) via Secretaria da Saúde de Araraquara, ficando o laboratório responsável por coletar material biológico para exame de DNA em mais de 17 municípios. Objetivos: Oferecer à comunidade testes laboratoriais de qualidade que possam ser utilizados para fornecer evidências objetivas, imparciais e definitivas quanto à identidade humana e, através das pesquisas, obter dados genético-populacionais da população brasileira, ainda insuficientes. Métodos: Nos casos de investigação de paternidade, foram analisados amostras sanguíneas de casos trio (mãe, filho e suposto pai), duo (filho e suposto pai) e reconstruções (suposto pai ausente), nos casos forenses, foram estudados vestígios biológicos (tais como, ossos, dentes e diferentes tecidos) e amostras-referência (sangue de supostos familiares da vítima). Para a genotipagem dos DNAs, extraídos por diferentes técnicas, foi utilizada a reação em cadeia de polimerase e corrida eletroforética em seqüenciador automático. Foram produzidos perfis genéticos que, quando comparados, permitiram afirmar a existência ou não de vínculo biológico entre as amostras, calculando-se a probabilidade estatística de tal evidência. No campo da pesquisa, têm sido estudados marcadores genéticos autossômicos, dos cromossomos sexuais (X/Y) e DNA mitocondrial na população brasileira. Resultados: Até o início do decorrente ano, 500 famílias (IMESC) foram atendidas e 08 perícias forenses e 127 (113 trios, 9 duo e 5 reconstruções) investigações de paternidade foram realizadas, sendo que todo o trabalho é realizado com a colaboração do grupo discente, sob a coordenação das Professoras R.M.B. Cicarelli e V.L.S. Alvarenga. Todas as análises forenses consistiram de exames particulares, as de paternidade, 66% foram particulares e 34% judiciais. Os resultados obtidos se subdividiram em inclusão (63%), exclusão (35,5%) e inconclusivo (1,5%), sendo este último relacionado às perícias criminais. Foram orientados 4 iniciações científicas (1 em andamento), 2 mestrados (1 em andamento) e 1 doutorado (em andamento). Quatro trabalhos já foram publicados, gerando informações importantes sobre: 15 STRs autossômicos e 12 Y-STR na população de Araraquara e São Paulo, respectivamente, presença de heteroplasmia na análise do DNA mitocondrial e Controle de Qualidade Latino Americano.