Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia (Feb 2012)

Analgesia pós-operatória com metadona em gatos: administração epidural e intramuscular

  • C.A. Bernardi,
  • R.N. Cassu,
  • J.A.O. Balan,
  • D.A. Costa,
  • D. Fini

DOI
https://doi.org/10.1590/S0102-09352012000100007
Journal volume & issue
Vol. 64, no. 1
pp. 45 – 52

Abstract

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Compararam-se os efeitos analgésico, sedativo e neuroendócrino decorrentes da administração epidural e intramuscular da metadona em gatas submetidas à ovariossalpingoisterectomia (OSH). Todos os animais foram tranquilizados com acepromazina, 0,1mg kg-1 IM, seguindo-se a indução e manutenção anestésica com tiopental sódico, 12mg kg-1 IV, e halotano, respectivamente. Após a estabilização anestésica, os animais foram distribuídos em três grupos, com oito animais cada, tratados com metadona pela via epidural (EP) ou intramuscular (IM) 0,2mg kg-1, respectivamente, ou com solução salina (S) 0,2mL kg-1. Foram avaliados: graus de analgesia e de sedação, necessidade de analgesia de resgate, efeitos adversos e concentração sérica de cortisol. Os graus de analgesia e de sedação e o cortisol não diferiram entre os tratamentos. Analgesia de resgate foi administrada quatro, nove e 11 vezes nos tratamentos EP, IM e S, respectivamente. Nos tratamentos IM e S, a suplementação analgésica foi necessária a partir da primeira hora pós-cirúrgica, enquanto no tratamento EP, somente a partir da terceira hora após a OSH. Conclui-se que a administração de metadona pela via epidural resulta em menor quantidade do analgésico pós-operatório, e que a analgesia é mais prolongada quando comparada à obtida pela via intramuscular, em gatas submetidas à OSH.

Keywords