Geriatrics, Gerontology and Aging (Nov 2024)
Transtorno Depressivo No Idoso: Rastreamento, Diagnóstico E Aspectos Epidemiológicos
Abstract
Introdução: A depressão é um problema de saúde frequente entre idosos e, muitas vezes, de difícil identificação na prática clínica. Acarreta perda de autonomia, agravamento de quadros patológicos preexistentes e se associa com maior risco de morbimortalidade, suicídio e negligência no autocuidado. O diagnóstico e o tratamento ainda se configuram deficientes. Objetivos: Identificar o uso de escalas de triagem, conhecer dados epidemiológicos na realidade brasileira e fatores de risco relacionados à depressão no idoso. Método: Estudo exploratório utilizando pesquisa bibliográfica de consulta a livros, documentos e artigos das bases MEDLINE, SCIELO, LILACS publicados de 2006 a 2011 referentes ao tema. Resultados: Síndromes depressivas são os distúrbios psiquiátricos mais prevalentes em idosos, com taxas de depressão de cerca de 5% e sintomas depressivos significativos em até 15%. A prevalência em idosos hospitalizados ou institucionalizados atinge 22%. Na comunidade, a prevalência na literatura varia entre 6,4%-59,3%. Dentre os principais fatores de risco estão: sexo feminino, viuvez, baixas escolaridade e renda, presença de doenças físicas crônicas, vulnerabilidade neurológica e eventos estressantes da vida. Os principais métodos de triagem identificados para diagnóstico foram: escala de depressão geriátrica, Center for Epidemiological Studies e DSM-IV-TR. Conclusões: A depressão no idoso é um problema de saúde pública que não pode ser entendido como manifestação do envelhecimento fisiológico. O uso rotineiro de instrumentos de triagem permite o diagnóstico de muitos casos que passam despercebidos e podem influenciar na qualidade de vida dos pacientes.