Acta Cirúrgica Brasileira (Nov 2012)

Postoperative kidney injury does not decrease survival after liver transplantation Insuficiência renal pós-operatória não diminui a sobrevivência após transplante hepático

  • Olival Cirilo Lucena da Fonseca-Neto,
  • Luiz Eduardo Correia Miranda,
  • Thales Paulo Batista,
  • Bernardo David Sabat,
  • Paulo Sérgio Vieira de Melo,
  • Américo Gusmão Amorim,
  • Cláudio Moura Lacerda

DOI
https://doi.org/10.1590/S0102-86502012001100010
Journal volume & issue
Vol. 27, no. 11
pp. 802 – 808

Abstract

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PURPOSE: To explore the effect of acute kidney injury (AKI) on long-term survival after conventional orthotopic liver transplantation (OLT) without venovenous bypass (VVB). METHODS: A retrospective cohort study was carried out on 153 patients with end-stage liver diseases transplanted by the Department of General Surgery and Liver Transplantation of the University of Pernambuco, from August, 1999 to December, 2009. The Kaplan-Meier survival estimates and log-rank test were applied to explore the association between AKI and long-term patient survival, and multivariate analyses were applied to control the effect of other variables. RESULTS: Over the 12.8-year follow-up, 58.8% patients were alive with a median follow-up of 4.5-year. Patient 1-, 2-, 3- and 5-year survival were 74.5%, 70.6%, 67.9% and 60.1%; respectively. Early postoperative mortality was poorer amongst patients who developed AKI (5.4% vs. 20%, p=0.010), but long-term 5-year survival did not significantly differed between groups (51.4% vs. 65.3%; p=0.077). After multivariate analyses, AKI was not significantly related to long-term survival and only the intraoperative transfusion of red blood cells was significantly related to this outcome (non-adjusted Exp[b]=1.072; p=0.045). CONCLUSION: The occurrence of postoperative acute kidney injury did not independently decrease patient survival after orthotopic liver transplantation without venovenous bypass in this data from northeast Brazil.OBJETIVO: Explorar o efeito da insuficiência renal aguda (IRA) na sobrevivência de longo prazo após o transplante hepático convencional ortotópico (THC) sem desvio venovenoso (DVV). MÉTODOS: Estudo de coorte retrospectivo envolvendo153 pacientes portadores de doença hepática terminal transplantados pelo Departamento de Cirurgia Geral e Transplante Hepático da Universidade de Pernambuco, no período de agosto de 1999 a dezembro de 2009. O método de Kaplan-Meier e o teste log-rank foram aplicados para explorar a associação entre o IRA com a sobrevivência de longo prazo dos pacientes, aplicando-se o modelo multivariado de riscos proporcionais de Cox para controlar o efeito de outras variáveis. RESULTADOS: A proservação atingiu 12,8 anos, durante a qual 58,8% dos pacientes permaneceram vivos com mediana de acompanhamento de 4,5 anos. As taxas de sobrevivência cumulativa de 1 -, 2 -, 3 - e 5 anos foram de 74,5%, 70,6%, 67,9% e 60,1%; respectivamente. A taxa de mortalidade pós-operatória precoce foi maior entre os pacientes que desenvolveram IRA (5,4% vs. 20%, p = 0,010), mas a sobrevivência de longoprazoem5 anos não diferiu significativamente entre os grupos (51,4% vs. 65,3%, p = 0,077). Após análise multivariada, a IRA nãofoisignificativamenterelacionado à sobrevivência a longo prazo e apenas transfusão intra-operatório de hemácias foi significativamente relacionado com este desfecho (Exp [b] não-ajustado = 1,072, p = 0,045). CONCLUSÃO: A ocorrência de insuficiência renal aguda pós-operatória não diminuiu de forma independente a sobrevivência dos pacientes após transplante hepático convencional sem desvio venovenoso nesta casuística do nordeste do Brasileiro.

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