Revista Brasileira de Anestesiologia (Apr 2006)

Ocorrência de hematoma peridural após anestesia geral associada à analgesia pós-operatória com cateter peridural em paciente em uso de heparina de baixo peso molecular: relato de caso Ocurrencia de hematoma postanestesia general asociada a analgesia postoperatoria con cateter peridural en paciente que usa heparina de bajo peso molecular: relato de caso Epidural hematoma after general anesthesia associated with postoperative analgesia with epidural catheter in patient using low molecular weight heparin: case report

  • Ranger Cavalcante da Silva,
  • André Morais e Silva,
  • Fernando Santos Laffitte,
  • Gilbert Jamus

DOI
https://doi.org/10.1590/S0034-70942006000200009
Journal volume & issue
Vol. 56, no. 2
pp. 174 – 182

Abstract

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JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Apresentar um caso de paciente com hematoma peridural, na vigência do uso de cateter peridural e heparina de baixo peso molecular, seu quadro clínico e tratamento. RELATO DO CASO: Paciente do sexo feminino, 75 anos, submetida à fixação de coluna lombar por via anterior, que desenvolveu no pós-operatório quadro clínico de paralisia progressiva nos membros inferiores, com perda de sensibilidade, sem apresentar dor radicular intensa. O tratamento foi descompressão medular imediata, com drenagem e limpeza cirúrgica de hematoma peridural, que se estendia da quinta até a décima vértebra torácica. Após a drenagem do hematoma a paciente recuperou gradualmente a força nos membros inferiores, recebeu alta em 10 dias com quadro de disfunção esfincteriana. Após três meses o quadro regrediu e não houve seqüela neurológica definitiva. CONCLUSÕES: O rápido diagnóstico com intervenção cirúrgica precoce é o tratamento mais eficaz para redução de lesão neurológica, em pacientes que desenvolvem hematoma peridural no pós-operatório. A utilização de heparina de baixo peso molecular, na vigência do uso de cateter peridural, exige a adesão estrita a protocolos estabelecidos, para que se reduzam os riscos do desenvolvimento de hematoma peridural.JUSTIFICATIVA Y OBJETIVOS: presentar el caso de una paciente con hematoma peridural, con uso actual de catéter peridural y heparina de bajo peso molecular, su cuadro clínico y tratamiento. RELATO DEL CASO: Paciente de 75 años, sometida a la fijación de columna lumbar por vía anterior, que desarrolló en el postoperatorio un cuadro clínico de parálisis progresiva en los miembros inferiores, con pérdida de la sensibilidad, sin presentar dolor radicular intenso. El tratamiento fue descompresión medular inmediata, con drenaje y limpieza quirúrgica de un hematoma peridural, que se extendía desde la quinta hasta la décima vértebra toráxica. Después del drenaje del hematoma la paciente recuperó gradualmente la fuerza en los miembros inferiores, recibió alta en diez días con cuadro de disfunción de esfínteres. Después de tres meses el cuadro remitió y no hubo secuela neurológica definitiva. CONCLUSIONES: El rápido diagnóstico con intervención quirúrgica precoz es el tratamiento más eficaz para la reducción de la lesión neurológica, en pacientes que desarrollan hematoma peridural postoperatorio. La utilización de heparina de bajo peso molecular, con uso actual de catéter peridural, exige la adhesión estricta a protocolos establecidos, para que se reduzcan los riesgos del desarrollo de hematoma peridural.BACKGROUND AND OBJECTIVES: Presents a patient case with epidural hematoma, in the course of the use of epidural catheter and low molecular weight heparin, her clinical condition and treatment. CASE REPORT: A 75-year old female patient, submitted to the fixation of lumbar spine by anterior route, who, in the postoperative period, developed a clinical condition of progressive paralysis of the lower limbs, with loss of sensitivity and presenting no intense radicular pain. The treatment was the immediate medullar decompression, with drainage and surgical cleaning of a epidural hematoma, which extended from the 5th to the 10th thoracic vertebrae. After the drainage of the hematoma, the patient gradually recovered the strength in the lower limbs, was discharged in ten days with a condition of sphincterian dysfunction. After three months, the condition receded and there was no definitive neurological sequel. CONCLUSIONS: The quick diagnosis with early surgical intervention is the most effective treatment for the reduction of neurological damage, in patients that develop postoperative epidural hematoma. The use of low molecular weight heparin, in the course of the use of epidural catheter, requires the strict compliance with the established protocols so that the risks of epidural hematoma development can be reduced.

Keywords