Cadernos de Saúde Pública (Dec 2001)

Guerra biológica, bioterrorismo e saúde pública Biological warfare, bioterrorism and public health

  • Luiz Jacintho da Silva

DOI
https://doi.org/10.1590/S0102-311X2001000600036
Journal volume & issue
Vol. 17, no. 6
pp. 1519 – 1523

Abstract

Read online

O uso de agentes biológicos como arma não é novidade para a humanidade. Durante séculos, até a atualidade, a guerra biológica tem sido objeto de muita pesquisa e especulação, mas de pouca ação. O medo de efeitos contrários e dúvidas sobre sua eficiência como armas devem ter limitado seu uso. Recentemente, se verificou uma nova forma de terrorismo, empregando agentes infecciosos, devagar e sem muito alarde, até as ocorrências recentes com o Bacillus anthracis nos Estados Unidos. A varíola é possivelmente o mais devastador desses agentes. Menos de 25 anos passados desde sua erradicação, a saúde pública tem que lidar com a possibilidade de sua re-introdução. O cenário da re-introdução da varíola no Brasil é discutido.Biological agents as weapons are not new to mankind. For centuries and into the present, biological warfare has been the subject of much research and speculation, but little action. Their limited use has probably been due to fear of unexpected counter-effects and doubts about their efficiency as weapons. Recently a new form of terrorism employing infectious agents has emerged slowly and without much fanfare, until the recent events with Bacillus anthracis in the United States. Smallpox is potentially the most devastating of these agents. Less than 25 years after the eradication of smallpox, the public health field is now forced to deal with the possibility of its re-introduction. The author discusses the scenario of smallpox re-introduction into Brazil.

Keywords