Adesão à terapia medicamentosa e qualidade de vida de usuários de uma unidade de saúde da família de Novo Hamburgo - RS

Abstract

Introdução: Os medicamentos representam um insumo importante para o cuidado em saúde. A falta de adesão à terapia medicamentosa resulta não só em prejuízos para a saúde e à qualidade de vida do doente, como também provoca o desperdício dos recursos do sistema de saúde. Objetivo: Avaliar a adesão à terapia medicamentosa e a qualidade de vida dos pacientes de uma USF. Métodos: Estudo observacional, quantitativo, transversal, realizado com portadores de doenças crônicas que responderam questionários referentes ao seu perfil sócio demográfico, à adesão à terapia medicamentosa (Morisky-Green e Brief Medication Questionnaire - BMQ) e à qualidade de vida (WHOQOL-BREF). Os dados foram analisados pelo programa SPSS® 24.0, através do teste t de Student para comparação entre grupose da correlação de Pearson para a relação entre as variáveis, utilizando-se um p < 0,05. Resultados: Foram avaliados 80 pacientes, com idade de 59 (±12) anos e maior prevalência do sexo feminino. A escala de Morisky-Green revelou máxima adesão em 52,5% dos pacientes. Já no BMQ, 70% dos pacientes tiveram escore de baixa adesão. Foram observadas correlações negativas entre idade e domínio crença do BMQ e positivas entre idade e domínio recordação. Conclusão: Não houve concordância entre os testes de Morisky-Green e BMQ, devido ao fato de medirem dimensões diferentes e de estabelecerem diferentes pontos de corte para a não adesão, além de limitações dos próprios métodos.

Keywords

• Adesão à Terapia Medicamentosa, Qualidade de Vida, Unidade de Saúde da Família