Arquivos de Neuro-Psiquiatria (Sep 1997)
Neuropsicologia da atividade onírica: considerações teóricas sugeridas por aspectos clínicos Neuropsychological aspects of oneiric activity: theoretical considerations suggested by clinical aspects
Abstract
Baseados no que observamos em cinco pessoas hígidas, fazemos uma revisão das principais teorias a respeito dos sonhos e propomos uma explicação unificadora sobre a função cognitiva deles. Classificamos os sonhos considerando seu papel na inibição, estimulação ou criação de estratégias cognitivas em torno de um núcleo emocional. Estas estratégias seriam estocadas e elicitadas subliminarmente por experiências afetivas ou cognitivo-afetivas durante a vigília. Sugerimos que as mudanças de padrão, mais lógico ou mais emocional, durante o sonho baseiam-se numa oscilação de dominância frontal ou límbica durante cada período REM. Observações preliminares mostraram-nos que, durante o período de atividade eletrencefalográfica frontal mais rápida, o despertar elicita impressões de sonhos mais lógicos e menos bizarros mas, se este ocorrer durante períodos de menor ativação frontal, as lembranças elicitadas correspondem a sonhos mais bizarros e portanto cognitivãmente menos elaborados.Based on observations in five patients, we review the main theories concerning dreams and propose a comprehensive theory on their cognitive function. We classify dreams based on the role performed by them in inhibition, stimulation or creation of cognitive strategies around an emotional nucleus. These are stored in the memory bank and retrieved by an elicitation mechanism linking affective experiences on awareness and the strategies processed in previous dreams. We also propose that the changes in logical and emotional patterns in dreams are based on fronto-limbic dominance oscillations during each REM period. Preliminary observations we made show that awakening patients during most rapid frontal EEG activity during REM sleep elicits more logical and less bizarre dreams. Contrariwise, when they are awakened during slower REM cortical EEG activity, mainly over the frontal lobes, their dreams are more bizarre and consequently less elaborated from a cognitive point of view.
Keywords