Revista Mosaico (Jun 2020)

Considerações sobre a importância da fala na psicanálise e sua afinidade com o programa de doze passos de Alcoólicos Anônimos

  • Ana Lúcia Cavalcanti de Silva,
  • Fernanda Cabral Samico

DOI
https://doi.org/10.21727/rm.v11i1.2284
Journal volume & issue
Vol. 11, no. 1
pp. 107 – 112

Abstract

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O trabalho tem como finalidade articular, sob o ponto de vista da psicanálise, os efeitos produzidos pelo ato de fala direcionada ao ouvinte, em dois ambientes discursivos distintos, apontando para a importância da linguagem na estruturação do inconsciente. Pretende levar, a partir de um recorte, informação sobre a dinâmica de funcionamento de um grupo de A.A. - irmandade norteada por um programa de doze passos - que assim como a psicanálise, porém sem substituí-la, lança mão do discurso do sujeito que traz consigo uma demanda, um sofrimento, para promover a sua recuperação E, mais especificamente, lançar um apelo no sentido de abrirmos a mente para o reconhecimento desse espaço de “cura”, traduzida segundo Freud como “a reorganização do Eu”, […] Efetivamente, Freud fala da ampliação do Eu e define a cura como a produção de um ser psíquico novo. Mesmo assim concebida, a cura continua sendo uma ideia, um ideal vago. (1927)