Brazilian Neurosurgery (Jun 2014)

Embolia gordurosa encefálica

  • Djalma Felipe da Silva Menéndez,
  • Leonardo de Moura Sousa Júnior,
  • Iuri Santana Neville,
  • Wellingson Silva Paiva,
  • Almir Ferreira de Andrade,
  • Manoel Jacobsen Teixeira

DOI
https://doi.org/10.1055/s-0038-1626261
Journal volume & issue
Vol. 33, no. 02
pp. 132 – 138

Abstract

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A embolia gordurosa é constituída pela presença de glóbulos de gordura dentro da microcirculação periférica e pulmonar, com ou sem quadro clínico. Há uma fase precoce, representada por uma obstrução mecânica, e uma fase tardia, representada por um fenômeno inflamatório, que se inicia aproximadamente 48 a 72 horas após a obstrução mecânica. O diagnóstico clínico da síndrome de embolia gordurosa pode ser auxiliado pelos critérios de Gurd-Wilson e deve ser suspeitado em doentes com traumatismo e fraturas de ossos longos e deterioração neurológica de forma inexplicada. É necessário no mínimo um critério maior (insuficiência respiratória, sinais neurológicos não relacionados ao traumatismo craniano e manifestações dermatológicas) e quatro menores ou dois maiores. Exames complementares são geralmente inespecíficos. A tomografia de crânio pode estar normal. A ressonância magnética de encéfalo pode mostrar áreas puntiformes que costumam desaparecer em 20 dias, sugerindo que a lesão pode ser predominantemente inflamatória, e não necrótico-isquêmica. Um tratamento específico para a síndrome de embolia gordurosa não existe. Ele consiste no suporte cardiopulmonar e neurológico, além de prevenção e diagnóstico precoce, auxiliando nos cuidados com o doente.

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