Téssera (Jul 2019)

O imaginário do amor e da guerra em Mariana Pineda de García Lorca

  • Sueli Maria de Regino

DOI
https://doi.org/10.14393/TES-v1n2-2019-48445
Journal volume & issue
Vol. 1, no. 2
pp. 59 – 71

Abstract

Read online

Os anos que antecederam a estreia da obra Mariana Pineda, de García Lorca, em Barcelona, se caracterizaram, em toda Espanha, por tempos de grande agitação social. A ditadura do General Primo de Rivera, ao reprimir brutalmente os protestos contra o governo e estabelecer rigorosa censura aos textos teatrais e publicações em geral, motivou manifestações populares contra o rei Alfonso XIII. Mariana de Pineda tinha vinte e seis anos quando, em maio de 1831, foi executada, acusada de adesão ao movimento revolucionário e de manter contato com anarquistas expatriados em Gibraltar. Em seu poder foi encontrada uma bandeira com um triângulo verde, circundado por três palavras bordadas em vermelho: Liberdade, Igualdade, Lei. Este trabalho investiga, por meio da hermenêutica simbólica proposta por Gilbert Durand, a obra Mariana Pineda, de García Lorca, buscando, nas constelações de imagens que se formam em torno dos grandes eixos propostos por Durand, a dinâmica simbólica das imagens do amor e da guerra, presentes nessa obra.

Keywords