Literatura e Sociedade (Jan 2022)
Baleias e imaginários: ruína, rasgo e reparação em três poemas brasileiros contemporâneos
Abstract
Este artigo analisa, comparativamente, a construção e elaboração de uma mesma imagem, a baleia, em três poemas distintos, a saber: “Totem”, de Ruy Proença, do livro Visão do térreo, de 2007; “respiramos como as baleias”, de Prisca Agustoni, e “um enorme rabo de baleia” (2013), de Alice Sant´Anna. Para que as reflexões dirijam sua lupa para os versos e ao que eles nos trazem como forma e conteúdo, manifesto e manifestação estética, interioridade e exterioridade, realidade e imaginário, serão apresentadas reflexões sobre cada um dos poemas e, ao final, como um bordado, rasura, rasgo e reparação talvez digam mais sobre nós e sobre a poesia que nos habita, esta baleia imensa, ora totem ora asfixia, ora liberdade.