Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (Nov 2014)

Estudo PRECIT – Prevalência de citologia cervical atualizada e fatores associados em enfermeiras e médicas da ULS Alto Minho

  • Bruna Regado,
  • Carina Matos,
  • Cristina Barbosa,
  • Hugo Cadavez,
  • Igor Faria,
  • Sara Araújo

DOI
https://doi.org/10.32385/rpmgf.v30i6.11400
Journal volume & issue
Vol. 30, no. 6

Abstract

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Objetivos: Determinar a prevalência de citologia cervical (CC) atualizada em enfermeiras e médicas e verificar se existe associação entre a CC atualizada e outros fatores. Tipo de estudo: Observacional, analítico e transversal. Local: Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM). População: Enfermeiras e médicas da ULSAM com idades entre os 25 e os 60 anos. Métodos: Dados colhidos por questionário com 11 perguntas, anónimo, de autopreenchimento. Os resultados foram analisados através de estatística descritiva, teste de Qui-Quadrado para comparação de proporções e Teste-T para comparação de médias entre os grupos. Resultados: Obtiveram-se 397 questionários respondidos, o que correspondeu a uma taxa de resposta de 47%. Das profissionais que responderam ao questionário 80% eram enfermeiras; 68% exerciam funções no hospital; 53% tiveram consulta de vigilância no centro de saúde e 99% tinham a CC atualizada, sendo que em 68% destas a CC não foi realizada pelo médico de família. Verificou-se uma associação estatisticamente significativa entre a CC atualizada e a idade e entre a CC atualizada e a existência de consulta de vigilância no centro de saúde. Conclusões: A prevalência de CC atualizada supera a da população em geral, contrariando a tendência encontrada na literatura. A correlação entre a CC atualizada e uma idade mais jovem poderá ser explicada pelo facto de estas profissionais poderem estar mais alerta para as patologias do colo do útero ou de eventualmente se sentirem menos desconfortáveis na realização deste exame. A associação entre a CC atualizada e a existência de consulta de vigilância no centro de saúde pode dever-se ao facto de este grupo ser alertado pelo seu médico de família para a necessidade de realização de CC ou de ser, por si só, mais atento à prevenção da doença, efetuando consultas de vigilância, assim como o rastreio. Serão necessários mais estudos para confirmar os resultados.

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