Trans/Form/Ação ()

Fantasmas de Realismo na Obra de J. M. Coetzee

  • Ana Falcato

DOI
https://doi.org/10.1590/S0101-317320160004000011
Journal volume & issue
Vol. 39, no. 4
pp. 219 – 250

Abstract

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RESUMO: Com um estilo sóbrio e minimalista, a prosa literária de J. M. Coetzee é um espaço criativo onde diferentes identidades literárias são constantemente baralhadas e uma perigosa sobreposição de alter-egos é sistematicamente ensaiada. Pensando sobre todas essas nuances, filósofos contemporâneos a trabalhar sobre a obra do escritor sul-africano têm descrito o seu trabalho como "realista-modernista'. Neste artigo, discuto uma obra específica de Coetzee (Diário de um Mau Ano) - focando sobretudo a estranha técnica gráfica da tripartição da página em três vozes literárias e a respectiva relação com a ideia de "pensamento ético de substituição" -, confrontando-a com a sua obra como um todo. Num segundo momento, apresento um modelo filosófico para explicar o seu "realismo modernista" e termino traçando o impacto desse modelo filosófico sobre a própria filosofia que o apresenta.

Keywords