Revista da Tulha (Oct 2017)
Raspagens das Palhetas por Oboístas Brasileiros - Um Estudo dos ajustes nas palhetas de oboé sob ação de agentes climáticos externos
Abstract
A presente pesquisa visa observar e identificar os ajustes propostos por oboístas brasileiros em palhetas de oboé preparadas para a performance e que sofrem alterações devido a ação da umidade do ar, temperatura do ambiente e altitude relativa ao nível do mar. Também, investigou-se possíveis tendências nas preferências de sonoridade e flexibilidade dos oboístas entrevistados, procurando compreender se existe algum fator que ligue tais tendências com os tipos de ajustes propostos. Com a finalidade de direcionar a pesquisa a um foco de interesse comum aos entrevistados, resumiu-se as diferentes escolas de raspado em duas, Escola Alemã e Escola Americana, tendo em vista que estas escolas exercem grande influência nos mais diversos estilos de raspagem. Um fenômeno notório brasileiro também foi investigado, que é a convivência pacífica das diferentes escolas dentro das orquestras. Como parte dos procedimentos metodológicos, foi realizado um breve levantamento bibliográfico de autores discorrendo sobre raspagens de palhetas de oboé, com a finalidade de compreender o que se considera uma palheta pronta para performance e o que a caracteriza. Utilizou-se também a ferramenta de pesquisas on-line “survey mokey” para uma investigação com oboístas brasileiros, mediante a observação das tendências de sonoridade, flexibilidade e ajustes da palheta. Após a análise dos dados, houve uma listagem graduada de ajustes classificada pelos oboístas brasileiros dentro de suas escolas de raspagem. Concluiu-se haver características muito semelhantes nas preferências de sonoridade, flexibilidade e ajustes, apontando uma provável causa que aproxima as diferentes escolas de oboé em território nacional.
Keywords