Ciência e Agrotecnologia (Feb 2005)

Valor nutricional de alimentos para suínos determinado na Universidade Federal de Lavras Nutritional value of feedstuffs for pigs determined at the University of Lavras

  • Zuleide Alves de Souza Santos,
  • Rilke Tadeu Fonseca de Freitas,
  • Elias Tadeu Fialho,
  • Paulo Borges Rodrigues,
  • José Augusto de Freitas Lima,
  • Douglas de Carvalho Carellos,
  • Patricia Azevedo Castelo Branco,
  • Vinicius de Souza Cantarelli

DOI
https://doi.org/10.1590/S1413-70542005000100029
Journal volume & issue
Vol. 29, no. 1
pp. 232 – 237

Abstract

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Foram conduzidos seis ensaios de metabolismo no Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Lavras (UFLA) no ano de 2002, com objetivo de avaliar a composição química e nutricional de 8 alimentos protéicos e 10 energéticos. Para o primeiro ensaio, foram selecionados animais de peso-vivo médio de 40,4 kg, sendo analisado o farelo de algodão, soja micronizada, farelo de soja, farelo de linhaça, farinha de pâncreas suíno, farinha de vísceras suína, milho comum, milheto em grão e moído, resíduo de bolacha, óleo de canola, óleo de linhaça, óleo de soja, gordura de coco e gordura suína. Para o segundo ensaio, foram selecionados animais de 50,2 kg e foi analisado o farelo de amendoim e milho QPM. Um total de 72 suínos machos, castrados e mestiços (Landrace x Large White), foram utilizados nos ensaios, e a metodologia adotada foi a da coleta total de fezes e urina. Desta forma, cada alimento foi testado em três repetições. Os valores obtidos de coeficiente de digestibilidade da proteína bruta (CDPB), valores de energia digestível (ED) e energia metabolizável (EM) para os alimentos protéicos de origem vegetal foram 66,2%, 2480 kcal/kg, 2190 kcal/kg, para farelo de algodão; 77,73%, 2365 kcal/kg, 2289 kcal/kg, para o farelo de girassol; 72,3%, 2880 kcal/kg, 2580 kcal/kg para farelo de linhaça; 86,5%, 3430 kcal, 3360 kcal/kg para farelo de soja 46% proteína bruta; 86,8%, 4580 kcal/kg, 4350 kcal/kg para soja micronizada; 81,2%, 3292 kcal/kg, 3146 kcal/kg para o farelo de amendoim. Para os alimentos protéicos de origem animal foram 47,3%, 3470 kcal/kg, 3310 kcal/kg para farinha de pâncreas suína; 81,3%, 3660 kcal/kg, 3535 kcal/kg para farinha de vísceras suína. Para os alimentos energéticos de origem vegetal foram 84,4%, 3220 kcal/kg, 3185 kcal/kg para a farinha de bolacha; 85,3%, 3480 kcal, 3320 kcal/kg para o milho moído; 81,2%, 3308 kcal/kg; 3257 kcal/kg para o milho QPM; 86,2%, 3213 kcal/kg, 3048 kcal/kg para o milheto moído; 83,5%, 3123 kcal/kg, 2950 kcal /kg para o milheto em grão inteiro. Para óleos e gorduras os valores de energia digestível (ED) e energia metabolizável (EM) foram 8630 kcal/kg, 8340 kcal/kg para o óleo de canola; 8380 kcal/kg, 8220 kcal/kg para o óleo de linhaça; 8670 kcal/kg, 8340 kcal/kg para o óleo de soja; 8110 kcal/kg, 7960 kcal/kg para a gordura de coco; 8630 kcal/kg, 8280 kcal/kg para a gordura suína. De uma maneira geral, os dados analisados mostram variações na composição química, digestibilidade e valores energéticos dos alimentos, em relação aos citados nas tabelas brasileiras e estrangeiras, e valores citados por outras pesquisas referenciadas nas literaturas consultadas. Os valores obtidos no presente trabalho, além de fornecerem subsídios para aumentar as informações do banco de dados como forma de contribuir na elaboração de uma tabela nacional de alimentos para suínos, também poderão possibilitar melhorias técnicas para a formulação de rações para suínos.Six metabolism trials were conducted in the Animal Science Department at University of Lavras- (UFLA) with the objective to evaluate the chemical and nutritional composition of 8 protein and 10 energetic feeds utilized in swine rations. In the first metabolism assay , the pigs of means of 40.4 kg were utilized and the feeds cotton meal, micronized soybean, soybean meal, linseed meal, swine pancreas meal, swine viscera meal, common corn, ground and grain millet, backery residue, canola oil, linseed oil, soybean oil, coconut fat and swine fat were analyzed. In the second assa, the pigs with means of 50.2 kg were utilized and the feeds as peanuts meal and QPM corn were analyzed. All over the metabolism assays , a total of 72 barrows from crossbred (Landrace x Large White) were used, the methodology of the total collection of feces and urine were utilized. This way each feeds were tested in three replicates. The values of crude protein digestibility coefficient (CPDC), digestible energy (DE) and metabolizable energy (ME) for the proteic feeds from vegetal by-products were 66,2%, 2480 Kcal/kg, 2190 Kcal/kg for cottonseed meal; 77,3%, 2365 Kcal/kg, 2289 Kcal/kg for sun flower meal; 72,3%, 2880 Kcal/kg, 2580 Kcal/kg for linseed meal; 86,5%,3430 Kcal/kg., 3360 Kcal/kg for soybean meal 46% of crude protein; 86,8.8%, 4580 Kcal/kg, 4359 Kcal/kg for micronized soybean; 81,2% 3292 Kcal/kg, 3146 Kcal/kg for peanuts meal. For the protein feeds from animal by-products were 47,3%, 3470 Kcal/kg, 3310 Kcal/kg for swine pancreas meal; 81,3%, 3660 Kcal/kg, 3550 Kcal/kg for swine viscera meal. For the energetic feed from vegetal by-product were 84,4%, 3220 Kcal/kg, 3185 Kcal/kg for biscuit meal; 85,3%, 3480 Kcal/kg, 3320 Kcal/kg for ground corn; 81.2%, 3308 Kcal/kg; 3257 Kcal/kg for QPM corn; 86.2%, 3213 Kcal/kg, 3048 Kcal/kg for ground millet; 83.5%, 3123 Kcal/kg, 2950 Kcal/kg for whole grain millet. For both oils and fats, the values of digestible energy (DE) and metabolizable energy (ME) were 8630 Kcal/kg, 8340 Kcal/kg for canola oil; 8380 Kcal/kg, 8220 Kcal/kg for linseed oil; 8670 Kcal/kg, 8340 Kcal/kg for soybean oil 8110 Kcal/kg , 7960 Kcal/kg for coconut fat; 8360 Kcal/kg, 8280 Kcal/kg for swine fat. In general, the data analyzed shown variations in the chemical composition, digestibility and energetic values of the feeds relative to those cited in the Brazilian and foreign tables and values reported by other researchers. The value obtained, in addition to furnishing subsides to increase information for data bank relative to the making of table for national swine feed table also will be able to contribute to tecnal improvement in formulating swine rations.

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