Vigilância Sanitária em Debate: Sociedade, Ciência & Tecnologia (Aug 2016)

Acinetobacter baumannii multirresistentes: emergência de resistência à polimixina no Rio de Janeiro

  • Daniela Betzler Cardoso Gomes,
  • Gabrielle Limeira Genteluci,
  • Karyne Rangel Carvalho,
  • Luciane Martins Medeiros,
  • Valéria Câmara Almeida,
  • Eduardo de Almeida Ribeiro de Castro,
  • Maria Helena Simões Villas Boas

DOI
https://doi.org/10.22239/2317-269x.00732
Journal volume & issue
Vol. 4, no. 3

Abstract

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A alta prevalência de infecções causadas por A. baumannii resistente a carbapenêmicos levou ao retorno da utilização de antimicrobianos antigos, como as polimixinas, consideradas como “último recurso” na terapia clínica. Esse estudo teve como objetivo determinar o perfil de suscetibilidade de 60 amostras de A. baumannii provenientes de um hospital do município do Rio de Janeiro, sendo 27 amostras obtidas de pacientes de um surto ocorrido em 2011, e um total de 33 amostras obtidas tanto de pacientes quanto do ambiente, coletadas no período de 2014 a 2015, no mesmo hospital. As amostras apresentaram elevados (≥ 80%) níveis de resistência para piperacilina/tazobactam, cefotaxima, ciprofloxacino, cefepime, imipenem e meropenem. O maior percentual de resistência apresentado pelas amostras de 2011 foi para o ciprofloxacino (96%). Para as amostras ambientais, a maior percentagem de resistência encontrada foi para cefotaxima (94%). Dentre as 60 amostras testadas, 19 (32%) foram sensíveis à polimixina B (CIM ≤ 2 µg/mL) e 41 (68%) foram resistentes (CIM ≥ 4 µg/mL), sendo 27 obtidas de pacientes (20 do período de 2011 e 7 de 2014-2015) e 14 ambientais. A resistência às polimixinas ainda é rara, porém, o uso extensivo das polimixinas tem levado ao surgimento de amostras de A. baumannii resistentes.

Keywords