Cadernos de Tradução (Aug 2015)

A nova edição dos contos de Perrault: Regina Zilberman ressignifica Walcyr Carrasco

  • Anna Olga Prudente de Oliveira,
  • Márcia Amaral Peixoto Martins

DOI
https://doi.org/10.5007/2175-7968.2016v36n1p175
Journal volume & issue
Vol. 36, no. 1
pp. 175 – 193

Abstract

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Neste início do século XXI, diversas editoras brasileiras têm publicado a obra de Charles Perrault, Histórias ou Contos de antigamente com moralidades, em edições que apresentam reescritas dos contos do autor francês do século XVII feitas por tradutores e adaptadores de grande prestígio na área da tradução ou da literatura infanto-juvenil: Mário Laranjeira (Iluminuras, 2007), Maria Luiza Borges (Zahar, 2010), Ivone Benedetti (L&PM, 2012), Rosa Freire d’Aguiar (Companhia das Letrinhas, 2012), Katia Canton (DCL, 2005) e Walcyr Carrasco (Manole, 2009; Moderna, 2013). Além de possibilitar uma redescoberta do autor pelo público leitor brasileiro, essas reescritas – traduções e adaptações – também realizam um trabalho de divulgação e valorização de sua obra, em edições que contêm paratextos abordando a vida e a obra de Perrault bem como o trabalho realizado pelo tradutor ou adaptador. Considerando a visibilidade do trabalho do tradutor/adaptador propiciada pelos paratextos das reescritas, este artigo busca discutir em que medida um novo projeto editorial pode ressignificar uma reescrita, no caso em questão, a adaptação dos contos de Perrault feita por Walcyr Carrasco, inicialmente publicada pela Manole (2009) e agora em nova edição publicada pela Moderna (2013), com prefácio de Regina Zilberman.

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