Convergência Lusíada (Jun 2007)
A Escola como Memória do Futuro
Abstract
Partindo do reconhecimento do carácter antinómico que atravessa a questão educativa, procuraremos ver de que modo Agostinho da Silva faz confluir na ideia da Escola o seu rousseauismo optimista e o seu platonismo militante. Aparentemente paradoxal, a figura da Escola surge então em todo o seu esplendor. Não como dispositivo de modelação, lugar de recuperação do adquirido ou de (mera) reinvenção do passado mas como Memória do Futuro, comunidade de estudo onde o professor ensina aquilo que não sabe ainda e o aluno recorda aquilo que um dia saberá. Templo laico onde se espera "que em nós brote aquilo a que viemos" (Agostinho da Silva, Sete Cartas a um Jovem Filósofo, p. 53).