"É tão difícil alguém vestir nossos chinelinhos": relatos de mães de crianças com TEA
Ana Caroline Bonato da Cruz,
Maria de Fátima Joaquim Minetto,
Lidia Natalia Dobrianskyj Weber,
Lurdes Fabricio de Oliveira,
Cassandra Fontoura Fiore Peron
Affiliations
Ana Caroline Bonato da Cruz
Psicóloga. Mestre em Educação pela Universidade Federal do Paraná
Maria de Fátima Joaquim Minetto
Mestre em Educação pela UFPR. Doutora e Pós-Doutora em Psicologia pela UFSC Professora do Departamento de Teoria e Fundamentos da Educação na Universidade Federal do Paraná. Curitiba
Lidia Natalia Dobrianskyj Weber
Psicóloga. Mestre e Doutora em Psicologia Experimental pela USP. Pós-Doutora em Processos do Desenvolvimento Humano e Saúde pela UNB. Professora sênior do Mestrado e Doutorado de Educação da Universidade Federal do Paraná.
Lurdes Fabricio de Oliveira
Psicóloga. Especialista em Psicopedagogia e em Educação Especial Inclusiva. Mestre em Educação pela Universidade Federal do Paraná.
Cassandra Fontoura Fiore Peron
Psicóloga. Especialista em Psicopedagogia, Educação Especial, Psicomotricidade e Neuropsicologia. Mestre em Educação pela Universidade Federal do Paraná.
Envolver famílias de crianças com deficiência no tratamento é uma mudança iniciada na década de 60 que se consolida cada vez mais. Pais e mães de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) fazem parte deste grupo que pode se beneficiar de tais intervenções. O objetivo desta pesquisa é identificar potencialidades e fragilidades da função parental a partir do relato de mães. A coleta de dados foi realizada com a aplicação do Programa de Qualidade na Interação Familiar – Especial que contou com dez participantes, todas mães de crianças com diagnóstico de TEA. Os encontros foram gravados e os áudios analisados a partir de semelhanças semânticas das falas das mães. Foram elencados três eixos temáticos: ser mãe de uma criança com autismo, meu filho autista e redes de apoio. As características do TEA repercutem em sobrecarga na função materna e na opção por práticas educativas parentais inadequadas. Limitações e sugestões para estudos futuros são discutidas.