Revista Brasileira de Zootecnia (May 2008)
Leaf tissues degradation of signalgrass hay pretreated with urea and submitted to in vitro digestion Degradação de tecidos foliares de feno de braquiária tratado com uréia e submetido à digestão in vitro
Abstract
An experiment using signalgrass hay treated with increasing urea levels (0, 20, 40, and 80 g/kg of dry matter), and submitted to in vitro digestion times (0, 6, 12, 24 or 72 hours) was conducted to evaluate the effects of ammoniation rates and digestion times on leaf blade tissue degradation. A completely randomized design with a 4 × 5 factorial treatment arrangement, with three replicates was used. Data were submitted to multivariate analysis. Urea-treated hay presented smaller proportion of remaining tissues measured in leaf blades cross-sections after in vitro digestion. Tissues more affected by urea treatment degradation were parenchyma bundle sheath and sclerenchyma. The hay treated with 80 g urea/kg DM and in vitro digested for 24 or 72 hours showed smallest proportion of tissues with thick and lignified cell walls such as parenchyma bundle sheath and sclerenchyma. The treatment with urea also reduced the time necessary to tissue degradation. The urea-treated hay in vitro digested for 12 hours, showed the same tissue proportion found in untreated hay submitted to 24 or 72 hours of in vitro digestion. The epidermis and lignified vascular tissue showed the smallest degradation following in vitro digestion. Results indicated that treatment of signalgrass hay with urea contributed to cell wall structure disruption, enhancement of tissues microbial degradation and reduction of the time necessary to digestion.Um experimento utilizando feno de Brachiaria decumbens tratado com níveis crescentes de uréia (0, 20, 40 e 80 g/kg de MS) e submetido a diferentes tempos de digestão in vitro (0, 6, 12, 24 ou 72 horas), foi conduzido com o objetivo de se avaliar quais tecidos foliares têm a degradação mais afetada pela amonização e digestão.Adotou-se o delineamento experimental inteiramente casualizado, num arranjo fatorial 4 × 5, com três repetições. Os dados foram submetidos à análise multivariada. O feno tratado com uréia apresentou a menor proporção de tecidos remanescentes após a digestão in vitro. Os tecidos que tiveram a degradação mais afetada pela amonização foram a bainha do feixe vascular e o esclerênquima. O feno tratado com 80 g uréia/kg MS e submetido à digestão in vitro por 24 ou 72 horas apresentou a menor proporção de tecidos com parede celular espessa e lignificada, como bainha do feixe vascular e esclerênquima. O tratamento com uréia também reduziu o tempo necessário para degradação dos tecidos foliares. O feno tratado com uréia e submetido a 12 horas de digestão apresentou a mesma proporção de tecidos que o feno não-tratado e submetido a 24 ou 72 horas de digestão in vitro. A epiderme e o tecido vascular lignificado apresentaram menor degradação após a digestão in vitro. Os resultados indicaram que o tratamento com uréia contribuiu para a desestruturação da parede celular, aumentando a degradação microbiana dos tecidos e reduzindo o tempo necessário para a sua digestão.
Keywords