Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Jan 2010)

Métodos para identificar o limiar anaeróbio em indivíduos com diabete tipo 2 e em indivíduos não-diabéticos Métodos para identificar el umbral anaeróbico en individuos con diabetes tipo 2 y en individuos no diabéticos Methods to identify the anaerobic threshold for type-2 diabetic and non-diabetic subjects

  • Herbert G. Simões,
  • Sérgio R. Moreira,
  • Robert J. Moffatt,
  • Carmen S. G. Campbell

DOI
https://doi.org/10.1590/S0066-782X2010000100012
Journal volume & issue
Vol. 94, no. 1
pp. 71 – 78

Abstract

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FUNDAMENTO: Apesar de o limiar anaeróbio (LAn) ser utilizado na avaliação funcional de diferentes populações, estudos comparando métodos para sua identificação em diabéticos tipo-2 tem sido pouco realizados. OBJETIVO: Comparar protocolos de identificação do LAn em indivíduos diabéticos tipo 2 e em não-diabéticos, e analisar respostas relacionadas ao equilíbrio ácido-básico em intensidades relativas ao LAn. MÉTODOS: Diabéticos tipo 2 (n=10; 54,5±9,5 anos; 30,1±5,0 kg/m²) e jovens não-diabéticos (n=10; 36,6±12,8 anos; 23,9±5,0 kg/m²) realizaram teste incremental (TI) em ciclo ergômetro. O aumento desproporcional no equivalente ventilatório de oxigênio (VE/VO2) e lactatemia ([lac]) identificaram intensidades (Watts-W) correspondentes aos limiares ventilatório (LV) e de lactato (LL), respectivamente. A intensidade correspondente à menor glicemia ([glic]) foi considerada limiar glicêmico individual (LGI). O LAn também foi determinado por ajuste polinomial das razões VE/Watts (LV VE/W) e [lac]/Watts (LL[lac]/W), as quais identificaram intensidades acima das quais um aumento desproporcional na VE e [lac] ocorreram. RESULTADOS: Não foram observadas diferenças entre LL, LV, LG, LL[lac]/W e LV VE/W em diabéticos (85,0±32,1; 88,0±31,7; 86,0±33,8; 82,0±20,9 e 90,2±22,2W) e não-diabéticos (139,0±39,0; 133,0±42,7; 140,8±36,4; 122,7±44,3 e 133,0±39,1W). Contudo os valores de LAn diferiram significativamente entre grupos (pFUNDAMENTO: A pesar de que el umbral anaeróbico (UAn) se utiliza en la evaluación funcional de diferentes poblaciones, pocos estudios que comparen métodos para su identificación en diabéticos tipo 2 están siendo realizados. OBJETIVO: Comparar protocolos de identificación del UAn en individuos diabéticos tipo 2 y en no diabéticos, y analizar respuestas relacionadas al equilibrio ácido-base en intensidades relativas al UAn. MÉTODOS: Diabéticos tipo 2 (n=10; 54,5±9,5 años; 30,1±5,0 kg/m²) y jóvenes no diabéticos (n=10; 36,6±12,8 años; 23,9±5,0 kg/m²) realizaron un test incremental (TI) en ciclo ergómetro. El aumento desproporcionado en el equivalente ventilatorio de oxígeno (VE/VO2) y lactatemia ([lac]) identificó intensidades (Watts-W) correspondientes a los umbrales ventilatorio (UV) y de lactato (UL), respectivamente. La intensidad correspondiente a la menor glucemia ([gluc]) se consideró umbral glucémico individual (UGI). El UAn también fue determinado por ajuste polinomial de las razones VE/Watts (UV VE/W) y [lac]/Watts (UL[lac]/W), las que identificaron intensidades por encima de las cuales ocurriera un aumento desproporcionado en la VE y [lac]. RESULTADOS: No se observaron diferencias entre UL, UV, UG, UL[lac]/W y UV VE/W en diabéticos (85,0±32,1; 88,0±31,7; 86,0±33,8; 82,0±20,9 y 90,2±22,2W) y no diabéticos (139,0±39,0; 133,0±42,7; 140,8±36,4; 122,7±44,3 y 133,0±39,1W). Sin embargo, los valores de UAn difirieron significativamente entre los grupos (pBACKGROUND: In spite of Anaerobic Threshold (AT) to be widely used on exercise evaluation for different populations, there are few studies comparing methods to identify AT for individuals with type-2 diabetes. OBJECTIVE: To compare methods of AT determination on type-2 diabetics (T2D) and non-diabetic (ND) subjects and verify the acid-base balance as related to AT intensity. METHODS: T2D (n=10; 54.5±9.5 yr; 30.1±5.0 kg/m²) and younger ND (n=10; 36.6±12.8 yr; 23.9±5.0 kg/m²) performed an incremental test (IT) on a cycle ergometer. The over-proportional increase in VE/VO2 and blood lactate ([lac]) identified the ventilatory (VT) and lactate thresholds (LT) respectively. The workload corresponding to the lower blood glucose ([gluc]) during test identified the individual glucose threshold (IGT). The AT was also determined by polynomial adjustment of the VE/Workload and [lac]/Workload responses to identify exercise intensities above which an over-proportional increase in VE and [lac] did occur and were named VT VE/W and LT[lac]/W. RESULTS: The workload (Watts-W) corresponding to LT, VT, IGT, LT Lac/W and VT VE/W of diabetics (85.0±32.1; 88.0±31.7; 86.0±33.8; 82.0±20.9 and 90.2±22.2W) and non-diabetics (139.0±39.0; 133.0±42.7; 140.8±36.4; 122.7±44.3 and 133.0±39.1W) differed between groups (p<0.001), but not within groups. Thus it was evidenced an agreement among the studied methods. The pH and pCO2 were significantly decreased in parallel to the increase in [lac], pO2 and VE at supra AT intensities. CONCLUSION: The AT intensities, as determined by different methods both for diabetics and non-diabetic individuals, were in agreement to each other and identified exercise intensities above which the acid-basic balance is disrupted.

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