Jornal de Assistência Farmacêutica e Farmacoeconomia (Feb 2023)

Resolução de problemas relacionados a medicamentos em uma unidade de terapia intensiva

  • Bartyra Lima de Almeida Leite

DOI
https://doi.org/10.22563/2525-7323.2022.v1.s2.p.30
Journal volume & issue
Vol. 1, no. s.2

Abstract

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Introdução: Profissionais farmacêuticos vêm se inserindo na equipe multiprofissional assumindo a responsabilidade de promover tratamento farmacológico adequado com o propósito de alcançar resultados terapêuticos concretos que melhorem a qualidade de vida dos pacientes. Nesse processo, há detecção, correção e prevenção de problemas relacionados a medicamentos (PRMs) que são quaisquer eventos indesejáveis apresentados pelo paciente relacionados com sua farmacoterapia. Objetivos: Descrever PRMs identificados na prática assistencial farmacêutica em pacientes internados em uma unidade de terapia intensiva. Método: Trata-se de uma análise retrospectiva do banco de dados criado no programa Microsoft Office Excel® 2016 da Unidade de Farmácia Clínica de um hospital público de Salvador. Compuseram esta análise PRMs identificados na assistência farmacêutica prestada a pacientes adultos em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no período de janeiro a julho/2022. Os resultados foram tabulados e analisados. Resultados: Foram identificados 135 PRMs durante a assistência prestada a 208 pacientes. 18,52% (25) foram PRMs de indicação, 56,30% (76) de segurança, 15,55% (21) de efetividade e 9,63% (13) de adesão. Sobredoses, subdoses, necessidade de tratamento ou profilaxia, risco de administração incorreta, ajuste de posologia e reações adversas a medicamentos foram os principais problemas que levaram a uma intervenção farmacêutica. As intervenções foram sugeridas a médicos, equipe de enfermagem e nutricionista e consistiram em ajustes de dose, inclusão, substituição ou suspensão do medicamento, orientações quanto ao melhor horário e forma de administração. Das intervenções realizadas 89,63% (121) foram aceitas e 10,37% (14) não foram aceitas. Estas foram justificadas pela ausência de alternativa terapêutica e pela decisão de se manter a terapia avaliando o risco – benefício. Conclusão: A presença da farmacêutica compondo a equipe multiprofissional de intensivistas previne problemas relacionados a medicamentos garantindo segurança e mais qualidade da assistência prestada ao paciente.