Novos Estudos CEBRAP (Mar 2009)
Religião nômade ou germe do estado? Pierre e Hélène Clastres e a vertigem tupi
Abstract
Este ensaio analisa como uma questão particular - a irrupção de focos de poder político entre os antigos Tupi da costa brasílica - foi tratada de modo entrelaçado por Pierre Clastres e por Hélène Clastres. Ainda que a reflexão da segunda deva muito ao projeto de antropologia política do primeiro, objetiva-se traçar tanto as convergências como os afastamentos entre os autores, de modo a propor novas direções para o debate por eles iniciado. Nesse sentido, pretende-se avaliar os desenvolvimentos mais recentes da etnologia centrada nos povos tupi-guarani, antigos e atuais.This article analyses how a particular question - the irruption of political power focuses among the ancient brazilian coastal Tupi - was treated both by Pierre Clastres and Hélène Clastres. Although her reflection continues the project for a political Anthropology, proposed by him, it is important to point out both the agreements and disagreements between the authors, in order to draw new directions to the debate they have initiated. In this sense, one intend to evaluate the most recent developments of the Tupi-Guarani anthropology, considering peoples of the past, but also of the present time.
Keywords