Jornal de Pediatria (Versão em Português) (Nov 2020)
Red reflex test at the maternity hospital: results from a tertiary hospital and variables associated with inconclusive test results
Abstract
Objectives: Describe the results of the red reflex test in full‐term newborns, as well as identify factors associated with red reflex test outcome and compare hospital length of stay between patients with inconclusive and normal red reflex test results. Methods: Descriptive cross‐sectional study of the results of the red reflex test performed in a tertiary hospital maternity unit between 2014 and 2018. A nested case‐control study was also performed to search for anthropometric, gestational, and neonatal variables associated with the outcome of the red reflex test. Results: There were121 identified cases of inconclusive red reflex test in 11,833 newborns. Sixteen alterations were confirmed, four considered severe: two cases of congenital glaucoma, one of cataract, and one of coloboma. Mean birth weight (p = 0.04), length (p = 0.03), and head circumference (p = 0.02) were lower in patients with inconclusive red reflex test; however without a relevant effect size (d = ‐0.21, ‐0.22, and ‐0.25, respectively).The proportion of white, mixed‐race, and black patients was significantly different between the groups (p < 0.001), with a higher chance of inconclusive results in mixed‐race (OR = 2.22) and black (OR = 3.37) patients when compared to whites. An inconclusive red reflex test led to an increase in hospital length of stay from 62 to 82 hours (p < 0.001). Conclusions: The red reflex test was able to identify four severe alterations in 11,833 newborns (0.03%). In the 121 newborns in which the red reflex test was classified as inconclusive, there was a 20‐hour increase in the hospital length of stay, but a severe alteration was confirmed in only 3.3% of them. Differences in red reflex between white, mixed‐race, and black patients should be considered. Resumo: Objetivos: Descrever os resultados do teste do reflexo vermelho em recém‐nascidos a termo. Identificar fatores associados ao resultado do teste do reflexo vermelho e comparar o tempo de internação entre pacientes com teste do reflexo vermelho duvidoso e normal. Métodos: Estudo transversal descritivo dos resultados do teste do reflexo vermelho feito em maternidade de hospital terciário entre 2014 e 2018. Foi ainda feito estudo de caso‐controle aninhado para pesquisa de variáveis antropométricas, gestacionais e neonatais associadas ao resultado do teste do reflexo vermelho. Resultados: Foram identificados 121 casos de teste do reflexo vermelho duvidoso em 11.833 recém‐nascidos. Foram confirmadas 16 alterações, 4 consideradas graves: 2 casos de glaucoma congênito, um de catarata e um de coloboma. As médias de peso de nascimento (p = 0,04), comprimento (p = 0,03) e perímetro cefálico (p = 0,02) foram menores nos pacientes com teste do reflexo vermelho duvidoso, entretanto sem um tamanho de efeito relevante (d = ‐0,21; ‐0,22 e ‐0,25; respectivamente). A proporção de pacientes brancos, pardos e negros foi estatisticamente diferente entre os grupos (p < 0,001), com maior chance de resultado duvidoso para pardos (OR = 2,22) e negros (OR = 3,37) em comparação a brancos. O teste do reflexo vermelho duvidoso levou a um aumento no tempo de internação de 62 para 82 horas (p < 0,001). Conclusões: O teste do reflexo vermelho foi capaz de identificar 4 alterações graves em 11.833 recém‐nascidos (0,03%). Nos 121 recém‐nascidos em que o teste do reflexo vermelho foi classificado como duvidoso, houve aumento de 20 horas no tempo de internação hospitalar, porém se confirmou alteração grave em apenas 3,3% deles. Diferenças no reflexo vermelho entre brancos, pardos e negros devem ser consideradas.