Revista Brasileira de Oftalmologia (Apr 2013)

Fluência do laser e tempo de parada cirúrgica, por perda de fixação, como fatores relacionados à precisão refracional

  • Abrahão da Rocha Lucena,
  • Newton Leitão de Andrade,
  • Descartes Rolim de Lucena,
  • Isabela Rocha Lucena,
  • Daniela Tavares Lucena

DOI
https://doi.org/10.1590/S0034-72802013000200008
Journal volume & issue
Vol. 72, no. 2
pp. 112 – 115

Abstract

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OBJETIVO: Avaliar a correlação da fluência e o tempo de parada transoperatória por perda de fixação, como fatores de hiper ou hipocorreções das ametropias pós-Lasik. MÉTODOS: A idade variou entre 19 e 61 anos com média de 31,27 ± 9,99. O tempo mínimo de acompanhamento pós-operatório foi de 90 dias. Foram excluídos indivíduos com topografia corneana pré-operatória com ceratometria máxima maior que 46,5D ou presença de irregularidades; ceratometria média pós-operatória simulada menor que 36,0D; pupilas maiores que 6mm; paquimetria menor que 500 µm; miopia maior que -8,0DE, hipermetropia maior que +5,0DE e astigmatismo maior que -4,0DC. O laser utilizado foi o Esiris Schwind com Eye-Tracking de 350Hz e scanning spot de 0,8 mm. O microcerátomo utilizado foi o M2 da Moria com programação de 130µm de espessura. RESULTADOS: A acuidade visual logMAR pré-operatória com correção variou de 0,40 a 0 com média de 0,23 ± 0,69; a pós-operatória sem correção foi de 0,40 a 0 com média de 0,30 ± 0,68. A mediana foi de 0 logMAR para os dois momentos (p=0,424). No equivalente esférico pré e pós-operatório, notou-se uma óbvia diferença (p< 0,0001), no pré-operatório com média de -4,09 ± 2,83 e o pós com média de -0,04 ± 0,38. A mediana foi de -4,75 no pré e de 0 no pós-operatório. Sessenta e nove casos (78,3%) ficaram plano ± 0,25. A fluência mínima foi de 0,513 mJ/cm² e a máxima de 0,581 mJ/cm² com média de 0,545 ± 0,01, não se percebendo correlação (r= -0,03266; IC 95% -0,241 a 0,178; p= 0,762) entre a fluência e o equivalente esférico final (média= -0,04 ± 0,38) nos olhos operados. O tempo mínimo de parada transoperatória foi de dois segundos e o máximo de 12 segundos com média de 4,90 ± 3,47. Fazendo-se uma correlação (r= 0,08865; IC 95%= -0,123 a 0,293; p= 0,411) entre o equivalente esférico pós-operatório e o tempo de parada transoperatória, não se percebeu diferenças. CONCLUSÃO: Não houve correlação entre a fluência do laser e o tempo de parada transoperatória por perda de fixação, com hiper ou hipocorreções nas ametropias pós-Lasik.

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