Revista de Saúde (Aug 2017)

PERFIL DA AUTOMEDICAÇÃO EM PACIENTES COM AFECÇÕES OTORRINOLARINGOLÓGICAS

  • Daniele Da Rosa Francisco,
  • Helen Aksenow Affonso,
  • Riquelme Romero Leal Portela,
  • Ana Sílvia Menezes Bastos

Journal volume & issue
Vol. 8, no. 1 S1
pp. 144 – 145

Abstract

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Automedicação é definida como o ato de administrar medicamento sem prescrição médica1, sendo que a seleção e o uso destes são realizados por indivíduos inaptos para tal2,3. O uso de medicação inadequada pode mascarar a doença de base3, podendo acarretar no seu agravamento, enfermidades iatrogênicas e efeitos adversos4. Além disso, pode levar a seleção de bactérias multirresistentes 5,6. Objetivou-se determinar a prevalência da utilização de medicamentos sem prescrição médica pelos pacientes atendidos no ambulatório de Otorrinolaringologia, do HUSF, de Vassouras-RJ. Foi realizado um estudo transversal, quantitativo, do tipo inquérito, em pacientes atendidos no ambulatório de otorrinolaringologia do HUSF, durante o período de abril a novembro de 2013. Utilizou-se o questionário adaptado de Servidoni7e termo de consentimento livre e esclarecido. Dentre os 100 entrevistados, 93% responderam que já usaram ou compraram medicamento sem receita médica e a maioria eram mulheres. As medicações mais utilizadas foram analgésicos/antitérmicos e antiinflamatórios, e a principal motivação para o uso foi a cefaléia. Dos 93 entrevistados que se automedicavam, 56% obtiveram aconselhamento com o farmacêutico ou balconista para comprar as medicações. Ficou caracterizado o acesso restrito aos serviços médicos e o fácil alcance aos fármacos, devido à fiscalização deficiente, que acabam fomentando a automedicação. A população desconhece os limites e perigos desta conduta de forma indiscriminada e suas repercussões no organismo humano. Tornam-se necessárias políticas públicas que inibam essa prática abusiva e permitam melhorar a qualidade da assistência médica.

Keywords