Veritas (Jan 2006)

Martinho Lutero (1483-1546) e Tomás Müntzer (1489-1525): a justificação teológica da autoridade secular e da revolução política

  • Dreher, Martin Norberto

Journal volume & issue
Vol. 51, no. 3
pp. 145 – 168

Abstract

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A Reforma em território alemão possui duas figuras, por vezes próximas entre si, por vezes muito distantes: Lutero e Tomás Müntzer. À medida que foi se envolvendo na vida de seus fiéis, Müntzer foi tomando caminhos próprios, discordando de Lutero que este tomava a chr(38)quot;Palavra, em sua realidade objetiva, como constitutiva da Igreja, e afirmando que os verdadeiros fiéis são os que possuem a experiência subjetiva do chr(38)quot;Espíritochr(38)quot;. Também contra Lutero, que defende a resistência à autoridade, mas em questões seculares aceita a tirania, Müntzer, que vê a fé fortemente inserida no social, defende a revolução armada contra os príncipes. Müntzer não nega a graça, mas esta possui papel secundário em seu pensamento, enquanto, para Lutero, ela se coloca no centro de suas preocupações teológicas

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