Revista Paulista de Pediatria ()

FREQUÊNCIA CARDÍACA MÁXIMA MEDIDA VERSUS ESTIMADA POR DIFERENTES EQUAÇÕES DURANTE O TESTE DE EXERCÍCIO CARDIOPULMONAR EM ADOLESCENTES OBESOS

  • João Paulo Heinzmann-Filho,
  • Letiane Bueno Zanatta,
  • Fernanda Maria Vendrusculo,
  • Juliana Severo da Silva,
  • Mailise Fatima Gheller,
  • Natália Evangelista Campos,
  • Margareth da Silva Oliveira,
  • Ana Maria Pandolfo Feoli,
  • Andréia da Silva Gustavo,
  • Márcio Vinícius Fagundes Donadio

DOI
https://doi.org/10.1590/1984-0462/;2018;36;3;00015
Journal volume & issue
Vol. 36, no. 3
pp. 309 – 314

Abstract

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RESUMO Objetivo: Comparar os valores de frequência cardíaca máxima (FCmáx) medidos e estimados por diferentes equações durante o teste de exercício cardiopulmonar (TECP) em adolescentes obesos. Métodos: Trata-se de um estudo transversal. Foram incluídos adolescentes, de idades entre 15 e 18 anos, com obesidade (escore-Z do índice de massa corpórea - IMC>2,0). Coletaram-se dados demográficos e antropométricos, seguidos da realização do TECP, pela qual foi registrada a FCmáx. O valor mais elevado de frequência cardíaca (FC) atingida no pico do exercício foi considerado como a FCmáx. A comparação entre os valores de FCmáx medidos e os estimados pelas equações foi realizada empregando-se quatro equações prévias. Utilizaram-se a estatística descritiva e o teste de ANOVA (pós-teste de Bonferroni). Resultados: Foram incluídos 59 adolescentes obesos, sendo 44% do sexo masculino. A média de idade foi de 16,8±1,2 anos e a do IMC (escore-Z), de 3,0±0,7. No pico do exercício, a média de FCmáx (batimentos por minuto - bpm) foi de 190,0±9,2, o coeficiente de troca respiratória de 1,2±0,1 e o consumo máximo de oxigênio - VO2máx (mL/kg/min) - de 26,9±4,5. Ao comparar-se os valores medidos de FCmáx com os estimados pelas diferentes fórmulas, demonstrou-se que as equações “220-idade”, “208-0,7 x idade” e a “207-0,7 x idade” superestimam (p<0,001) os resultados medidos de FCmáx em adolescentes obesos. Apenas a equação “200-0,48 x idade” apresentou resultados similares (p=0,103) com os valores mensurados no TECP. Conclusões: Os achados do presente estudo demonstram que a equação “200-0,48 x idade” parece ser mais adequada para estimar a FCmáx em adolescentes obesos.

Keywords