Revista Portuguesa de Cardiologia (Oct 2021)

Inflammation and ischemic heart disease: The next therapeutic target?

  • Eduardo M. Vilela,
  • Ricardo Fontes-Carvalho

Journal volume & issue
Vol. 40, no. 10
pp. 785 – 796

Abstract

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Inflammation plays an important role in several stages of the cardiovascular continuum. In recent decades a plethora of studies have provided new data highlighting the role of inflammation in atherogenesis and atherothrombosis in two-way interactions with various cardiovascular risk factors and further influencing these dynamic processes. The concept of targeting residual inflammatory risk among individuals with ischemic heart disease (IHD) is therefore gaining increasing attention. Recently, several landmark randomized controlled trials have assessed different pharmacological approaches that may mitigate this residual risk. The results of some of these studies, such as CANTOS with canakinumab and COLCOT and LoDoCo2 with colchicine, are promising and have provided data to support this concept. Moreover, though several aspects remain to be clarified, these trials have shown the potential of modulating inflammation as a new target to reduce the risk of cardiovascular events in secondary prevention patients. In the present review, we aim to present a pragmatic overview of the complex interplay between inflammation and IHD, and to critically appraise the current evidence on this issue while presenting future perspectives on this topic of pivotal contemporary interest. Resumo: A inflamação apresenta um papel de destaque ao longo do continuum cardiovascular. Ao longo das últimas décadas diferentes estudos reforçaram o papel da inflamação na aterogénese e na aterotrombose, interagindo com diversos fatores de risco cardiovascular de forma bidirecional, sendo capaz de influenciar estes processos dinâmicos. Neste contexto, o conceito de abordar o risco residual inflamatório em indivíduos com doença cardíaca isquémica (DCI) tem ganhado destaque. Recentemente, diversos ensaios clínicos aleatorizados avaliaram diferentes estratégias farmacológicas no sentido de mitigar este risco residual. Os resultados de alguns destes estudos, como o CANTOS com o canakinumab ou o COLCOT e LoDoCo2 com a colquicina, foram promissores e forneceram dados que corroboram este conceito. Adicionalmente, e apesar da necessidade de clarificação adicional de diversos pontos, estes estudos reforçaram o potencial da modulação inflamatória como um novo alvo na redução do risco de eventos cardiovasculares em prevenção secundária. O presente artigo tem por objetivo apresentar uma revisão pragmática referente à interação complexa entre a inflamação e a DCI e avaliar de forma crítica a evidência atual referente a este tópico, apresentando também uma perspetiva futura no âmbito desta temática de ampla relevância contemporânea.

Keywords