Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo (Oct 2010)

Canine visceral leishmaniasis due to Leishmania (L.) infantum chagasi in Amazonian Brazil: comparison of the parasite density from the skin, lymph node and visceral tissues between symptomatic and asymptomatic, seropositive dogs Leishmaniose visceral canina causada por Leishmania (L.) infantum chagasi na Amazônia brasileira: comparação da densidade parasitária da pele, linfonodo e vísceras entre cães soropositivos, sintomáticos e assintomáticos

  • Luciana Vieira R. Lima,
  • Liliane Almeida Carneiro,
  • Marliane Batista Campos,
  • Eujênia Janis Chagas,
  • Márcia D. Laurenti,
  • Carlos E.P. Corbett,
  • Ralph Lainson,
  • Fernando Tobias Silveira

DOI
https://doi.org/10.1590/S0036-46652010000500007
Journal volume & issue
Vol. 52, no. 5
pp. 259 – 266

Abstract

Read online

Canine visceral leishmaniasis (CVL) is recognizable by characteristic signs of disease and is highly lethal. The infection, however, may be quite inapparent in some seropositive dogs, and this has raised the polemic question as to whether or not such animals can be a source of infection for Lutzomyia longipalpis, the vector of American visceral leishmaniasis (AVL). In this study we have examined 51 dogs with acute CVL from an AVL area in Pará State, northern Brazil, and compared the parasite density, amastigotes of Leishmania (L.) infantum chagasi, in the skin, lymph node and viscera of symptomatic with that of nine asymptomatic but seropositive dogs (IFAT-IgG). Post-mortem biopsy fragments of these tissues were processed by immunohistochemistry, using a polyclonal antibody against Leishmania sp. The X² and Mann Whitney tests were used to evaluate the means of infected macrophage density (p 0.05) in the skin (10.7/mm² x 15.5/mm²) and lymph node (6.3/mm² x 8.3/mm²), between asymptomatic and symptomatic dogs, respectively. It was higher (p A leishmaniose visceral canina (LVC) é reconhecida pelas características clínicas da doença e é altamente letal. A infecção, entretanto, pode ser totalmente assintomática em alguns cães soropositivos, o que tem levantado questão polêmica sobre a possibilidade desses animais, serem ou não uma fonte importante da infecção para o flebotomíneo, Lutzomyia longipalpis, o principal vetor da leishmaniose visceral americana (LVA). Neste estudo foram examinados 51 cães com LVC aguda, provenientes de área endêmica de LVA no Estado do Pará, Brasil, e a carga parasitária, formas amastigotas de Leishmania (L.) infantum chagasi, na pele, linfonodo poplíteo e vísceras (fígado e baço) foi comparada com a de nove cães assintomáticos soropositivos (IFAT-IgG). Fragmentos de biópsia desses tecidos obtidos post-mortem foram processados para análise através de imunohistoquímica, usando um anticorpo policlonal contra Leishmania sp. Os testes do Qui-quadrado (X²) e Mann Whitney foram usados para avaliar as médias da densidade de macrófagos infectados (p 0,05) na densidade de macrófagos infectados da pele (10,7/mm² x 15,5/mm²) e do linfonodo (6,3/mm² x 8,3/mm²) entre cães assintomáticos e sintomáticos. Entretanto, a densidade de macrófagos infectados da víscera de cães sintomáticos (5,3/mm²) foi maior (p < 0,05) que a de cães assintomáticos (1,4/mm²). Estes resultados sugerem, fortemente, que cães naturalmente infectados por L. (L.) i. chagasi, assintomáticos ou sintomáticos, podem servir como fonte de infecção, principalmente, considerando-se que a densidade de macrófagos infectados da pele (10,7/mm² x 15,5/mm²), local onde o flebotomíneo vetor Lu. longipalpis realiza a hematofagia, foi maior (p < 0,05) que as do linfonodo (6,3/mm² x 8.3/mm²) e vísceras (1,4/mm²x 5,3/mm²).

Keywords