Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia (Aug 2024)

Violência contra pessoas idosas atendidas em instituições hospitalares: estudo transversal em dois municípios da Paraíba

  • Jefferson da Silva Soares,
  • Luiza Maria de Oliveira,
  • Rafael da Costa Santos,
  • Jiovana de Souza Santos,
  • Angela Maria Henao Castaño,
  • Rafaella Queiroga Souto

DOI
https://doi.org/10.1590/1981-22562024027.230251.pt
Journal volume & issue
Vol. 27

Abstract

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Resumo Objetivo descrever a prevalência e identificar os fatores sociodemográficos e econômicos associados a violência física e psicológica entre pessoas idosas hospitalizadas. Método um estudo do tipo seccional e analítico realizado em dois hospitais do estado da Paraíba, Brasil. A coleta de dados aconteceu entre os anos de 2019 e 2020, incluindo uma amostra de 323 pessoas idosas. Utilizou os instrumentos Brazil Old Age Schedule para coleta das características sociodemográficas e Conflict Tactics Scales Form R para identificar a violência. Foi realizada análise descritiva (frequência relativa e absoluta) e inferencial (Qui-quadrado de Pearson, Correlação de Spearman e regressão logística). Resultados Houve associação significativa entre violência física e as variáveis renda de até 1 salário mínimo (p=0,048), outras fontes de renda (p=0,019), seis ou mais pessoas dependentes da renda (p=0,016) e possuir renda total que “falta um pouco” para suprir as necessidades (p=0,010). A violência física e psicológica simultânea se associaram com outras fontes de renda (p=0,015) e a “falta um pouco” para suprir as necessidades (p=0,005). No modelo da regressão logística para violência física permaneceram outras fontes de renda (p=0,049; OR=3,134), escore de renda (p=0,000; 0,999) e escore de doenças (p=0,014; OR=1,393). No modelo para violência psicológica permaneceu apenas o escore de doenças (p=0,006; OR=1,286). Conclusão A violência física prevaleceu entre aqueles com menor renda ou maior número de doenças, enquanto a violência psicológica teve destaque entre as pessoas que relataram mais doenças. Ademais, pessoas com fontes de renda alternativas demonstraram uma chance três vezes maior de sofrer violência física.

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