Revista Portuguesa de História (Oct 2019)
Teatro Fúnebre
Abstract
A irmandade do Santíssimo Sacramento da paróquia lisboeta de Santa Justa gozou da proteção e das esmolas dos duques de Cadaval, tendo D. Nuno, D. Luís e D. Jaime sido seus juízes perpétuos. Essa ligação justificou as solenes exéquias promovidas pelos irmãos do Santíssimo a membros daquela Casa, não só aos referidos duques mas também às duquesas D. Margarida de Lorena e D. Luísa. A partir das relações dessas cerimónias fúnebres, manuscritas e impressas, e dos sermões, recitados nessas ocasiões, que foram dados à estampa, pretende-se analisar os preparativos das exéquias, a forma como as mesmas decorreram e a sua complexidade, os principais tópicos abordados na parenética encomendada e a importância que tais solenidades e a sua posterior divulgação representaram para o crédito e imagem pública da irmandade.
Keywords