Signótica (Jan 2007)

UM ESTUDO ESTATÍSTICO SOBRE AS OXÍTONAS NO PORTUGUÊS A STATISTICAL ACCOUNT OF FINAL STRESS IN PORTUGUESE

  • ANA LÍVIA DOS SANTOS AGOSTINHO E GABRIEL ANTUNES DE ARAÚJO

DOI
https://doi.org/10.5216/sig.v19i2.7466
Journal volume & issue
Vol. 19, no. 2
pp. 177 – 208

Abstract

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O objetivo deste artigo é apresentar um estudo estatístico sobre as palavrascom acento final (ou oxítonas) no português. Baseado em um corpus de 10.494palavras (ou seja, todas as palavras nominais oxítonas) do Dicionário Houaisse suas respectivas transcrições fonéticas, mostraremos que a maioria das palavrasoxítonas do português é formada por empréstimos lexicais. Ainda que o latim,o “tupi”, o francês, o árabe e o iorubá tenham sido as principais fontes dosempréstimos, o português pegou emprestadas palavras de mais de cem línguasdiferentes. Também discutiremos a qualidade do elemento final da oxítona (sevogal, glide ou consoante) e a freqüência geral destas palavras.The aim of this paper is to analyse a corpus of final stress words (also knownas oxytone) in Portuguese. Based on a corpus of 10.494 noun words with finalstress and their respective phonetic transcriptions from the Houaiss Dictionary,we argue that the majority of the final stress words in Portuguese are lexicalborrowings. Latin, “Tupi”, French, Arabic, Ioruba are the majors sources,however, Portuguese borrowed from more than one hundred languages. Wealso discuss the quality of the final element (if vowel, glide or consonant) andthe overall frequency of these final stress words.