Abordagens alternativas no controle da esquistossomose: buscando incluir o subjetivo na epidemiologia
Abstract
Neste estudo é discutida a possibilidade da inclusão do "subjetivo" na epidemiologia. São apontadas abordagens alternativas de se trabalhar com programas de intervenção em populações carentes objetivando prestação de serviços em educação, saúde e outros tidos como obrigação do Estado e direito do cidadão. São apontadas características da pesquisa participante, da "epidemiologia comunitária" e da educação popular visando à construção de um modelo de controle da esquistossomose com opções metodológicas alternativas, incluindo as representações, percepções e modo de vida de populações expostas à infecção pelo Schistosoma mansoni. É ainda apontado o Estado como responsável pela provisão de condições materiais, sem as quais não se forma cidadões com consciência coletiva tão necessária na solução de problemas como a esquistossomose.