Revista Brasileira de Reumatologia (Dec 2015)

Posicionamento sobre o uso de tofacitinibe no algoritmo do Consenso 2012 da Sociedade Brasileira de Reumatologia para o tratamento da artrite reumatoide

  • Licia Maria Henrique da Mota,
  • Bóris Afonso Cruz,
  • Cleandro Pires de Albuquerque,
  • Deborah Pereira Gonçalves,
  • Ieda Maria Magalhães Laurindo,
  • Ivanio Alves Pereira,
  • Jozélio Freire de Carvalho,
  • Geraldo da Rocha Castelar Pinheiro,
  • Manoel Barros Bertolo,
  • Maria Raquel da Costa Pinto,
  • Paulo Louzada-Junior,
  • Ricardo Machado Xavier,
  • Rina Dalva Neubarth Giorgi,
  • Rodrigo Aires Corrêa Lima

DOI
https://doi.org/10.1016/j.rbr.2015.08.004
Journal volume & issue
Vol. 55, no. 6
pp. 512 – 521

Abstract

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Resumo Em 2014, o tofacitinibe, um medicamento modificador do curso da doença (MMCD) sintético, alvo-específico, inibidor seletivo das Janus quinases (JAK), foi aprovado para uso no Brasil. Este documento de posicionamento tem o objetivo de atualizar as recomendações da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) sobre o tratamento da artrite reumatoide (AR) no Brasil, especificamente com relação ao uso de MMCD sintéticos alvo-específicos. O método dessa recomendação incluiu revisão bibliográfica de artigos científicos, feita na base de dados Medline. Após a revisão, foi produzido um texto, que responde a perguntas na estrutura Pico, e considera questões de eficácia e segurança do uso do tofacitinibe para tratamento de AR em diferentes situações (como primeira linha de tratamento, após falha ao metotrexato [MTX] ou outros MMCD sintéticos convencionais, após falha da terapia biológica). Com base nas evidências existentes, e considerando os dados disponíveis sobre eficácia, segurança e custo das medicações disponíveis para tratamento da doença no Brasil, a Comissão de AR da SBR, após processo de discussão e votação de propostas, estabeleceu o seguinte posicionamento sobre o uso de tofacitinibe para o tratamento da AR no Brasil: “Tofacitinibe, em monoterapia ou em associação ao MTX, é uma opção para os pacientes com AR em atividade moderada ou alta, após falha de pelo menos dois esquemas com diferentes MMCD sintéticos e um esquema de MMCD biológico”. O grau de concordância com essa recomendação foi 7,5. Esse posicionamento poderá ser revisto nos próximos anos, com a maior experiência adquirida com o uso do medicamento.

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