Revista Agulhas Negras (Jan 2021)
A PSICOLOGIA DAS MASSAS NA ALEMANHA APÓS A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL
Abstract
O cenário de crise vivido por alguns países da Europa após a 1ª guerra mundial mostrou-se responsável pela ascensão de ideologias como o nazismo, o fascismo, entre outras. Em comum, essas ideologias influenciaram indivíduos a se comportarem conforme suas crenças, formando uma massa fanática, o que culminou na eclosão da 2ª guerra mundial, além de diversas violações aos direitos humanos. A partir da análise desses fatos históricos, e considerando a importância de compreender as mudanças de atitude que ocorrem nos indivíduos quando inseridos em determinadas situações sociais de crise, elaborou-se esse estudo com o objetivo de compreender os fenômenos ocorridos na sociedade alemã que provocaram a 2ª guerra mundial e as diversas violações aos direitos humanos perpetrados por uma parcela do povo alemão; identificar expressões da possessão coletiva na população alemã no supracitado período; e identificar técnicas de manipulação das massas. Para elucidar essa questão, foram estudadas obras de Le Bon e Jung que, dentro da psicologia, abordam a temática da psicologia das massas e sua influência nas sociedades, e buscou-se ilustrar esse fenômeno com uma pesquisa bibliográfica e documental sobre a sociedade alemã envolvendo o período do termino da 1ª guerra mundial até o termino da 2ª guerra mundial (1918-1945). Verificou-se muitos exemplos de “técnicas de manipulação” das massas que possibilitaram a ocorrência da guerra e das violações supramencionadas. Na contemporaneidade, principalmente pelo alcance das informações difundidas no ciberespaço, essa possibilidade de manipulação das massas persiste, ainda mais que a disseminação de ideias e ideologias, muitas vezes danosas a sociedade, está muito facilitada pelas novas tecnologias de comunicação.
