Fractal: Revista de Psicologia (Aug 2013)

As durações do devir: como construir objetos-problema com a cartografia

  • Tania Mara Galli Fonseca,
  • Luis Artur Costa

DOI
https://doi.org/10.1590/S1984-02922013000200012
Journal volume & issue
Vol. 25, no. 2
pp. 415 – 431

Abstract

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Como podemos falar de objetos, duração e estabilidade em um mundo feito de vertigem e puro fluxo? Este artigo propõe a problematização do conceito de objeto na prática cartográfica para pensar a formação do cartógrafo. Para tanto, necessitamos ultrapassar o dualismo entre estável e instável. Por meio de conceitos como os de tensão e complexidade podemos produzir uma ontologia metaestável. Para produzir esta ontologia relacional, criativa e complexa, vamos usar uma caixa de ferramentas conceitual advinda de dois autores. De Henri Bergson tomaremos os conceitos de duração, intuição, seleção e sentido. De A. N. Whitehead tomaremos os conceitos de preensão, sentires e criação. A partir desses conceitos produziremos um conceito de objeto adequado ao empirismo transcendental e suas virtualidades, um conceito de objeto que ultrapasse os dualismos entre os fluidos e os sólidos: objeto-acontecimento, objeto-problema.

Keywords