Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões ()

Pancreatectomia distal no trauma: estudo multicêntrico

  • Samir Rasslan,
  • Armando Angelo Casaroli,
  • Wilson Luiz Abrantes,
  • Mário Mantovani,
  • Savino Gasparini Neto,
  • Hamilton Petry de Souza,
  • Roberto Carlos de Oliveira e Silva,
  • João Ricardo Ribas,
  • Luiz Cristiano Maciel Cardoso,
  • Renato de Lima Rosenowicz

DOI
https://doi.org/10.1590/S0100-69911998000600010
Journal volume & issue
Vol. 25, no. 6
pp. 409 – 414

Abstract

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No período de cinco anos, 87 doentes com trauma pancreático foram tratados por pancreatectomia corpo-caudal em cinco serviços de emergência. A idade variou de 7 a 64 anos (média de 28), sendo que 73 (84%) eram do sexo masculino. O principal mecanismo de trauma foi o ferimento penetrante em 72,5%, com ferimentos por projéteis de arma de fogo em 3/4 dos casos. Lesões associadas ocorreram em 96% dos doentes. A extensão da ressecção pancreática correspondeu de 30% a 70%, em 62% dos casos. O baço foi preservado em 45,6% dos 57 doentes que se apresentaram sem lesão esplênica. A taxa de complicações foi de 40,2%, sendo a fístula pancreática e a pancreatite pós-operatória as mais freqüentes. A mortalidade total foi de 12 doentes (13,7%). As conclusões deste estudo foram as seguintes: a) há relação nas taxas de morbidade com o mecanismo de lesão; b) a morbidade é mais freqüente em doentes com trauma fechado; c) não há diferença na incidência de complicações com o método de fechamento do pâncreas remanescente nem com a extensão da ressecção; d) não há relação da mortalidade com o mecanismo de trauma; e) há uma tendência no aumento da taxa de mortalidade no trauma fechado com presença de lesões associadas.

Keywords