Belas Infiéis (Feb 2015)

QUANDO O NACIONAL É O MUNDO: DISCUTINDO O LOCUS DE ENUNCIAÇÃO TRADUTÓRIO E AUTORAL NUM POLISSISTEMA MULTICULTURAL PÓS-INDEPENDENTE

  • Agnes Jahn Sturzbecher

Journal volume & issue
Vol. 3, no. 2
pp. 7 – 20

Abstract

Read online

Partindo dos conceitos de “local” e “cosmopolita”, de Antonio Candido, que opôs dialeticamente dois locais de fala, o presente artigo pretende discutir o local autoral e tradutório no polissistema multicultural, que tem local e cosmopolita no mesmo espaço e tempo. Sob essa perspectiva, em qual desses dois locais fala um autor pós-independentista? Silviano Santiago sugere um terceiro lugar, o “entre-lugar”, o qual representa um novo momento da crítica literária. Esse momento gera novas questões também na crítica tradutória, ora repensando antigos posicionamentos teóricos, ora sugerindo novos. Além disso, levanta a questão fundamental da construção do estereótipo, a exotização e o papel do tradutor como (des)continuador dessa prática, uma vez que o encontro do leitor com o texto se faz não mais no doméstico nem do estrangeiro, exclusivamente.

Keywords