Ciência Animal Brasileira (Oct 2006)

PALATITE CRÔNICA EM EQÜINOS: ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS E AVALIAÇÃO DE DOIS MÉTODOS DE TRATAMENTO

  • Ediane Batista da Silva,
  • Dirson Vieira,
  • Duvaldo Eurides,
  • Marina Pedroso de Oliveira,
  • Cinara Faria Almeida,
  • Mônica Rodrigues Ferreira,
  • Luiz Antônio Franco da Silva,
  • Olízio Claudino da Silva,
  • Bruno Rodrigues Trindade

Journal volume & issue
Vol. 6, no. 2
pp. 111 – 118

Abstract

Read online

Este estudo teve como objetivo descrever alguns aspectos epidemiológicos relacionados à palatite em eqüinos, comparar a cauterização (Grupo I) e a remoção cirúrgica seguida por cauterização (Grupo II) como métodos de tratamentos e avaliar a viabilidade econômica dos dois protocolos terapêuticos. De 520 eqüinos examinados, 49 apresentavam palatite. Os principais aspectos epidemiológicos estudados foram: a prevalência, o manejo e a alimentação. A cauterização com ferro candente foi utilizada em 25 animais do grupo I. No grupo II, constituído por 24 eqüinos, fez-se a ressecção cirúrgica do palato, seguida de cauterização com ferro candente. A cicatrização foi avaliada por meio de escores clínicos, e para estimar os custos do tratamento consideraram-se os materiais de consumo e os honorários do cirurgião. Analisaram-se os dados utilizando o teste de Qui-Quadrado (c2), em NS de 5%, e o teste não-paramétrico de Mann & Whitney (SAMPAIO, 1998). A prevalência da palatite foi de 9,42%. Nas raças Crioulo, Árabe e Apaloosa, a prevalência foi de 33,33%, 17,65% e 30%, respectivamente. Não se observou diferença significativa na freqüência da enfermidade entre essas raças. A cicatrização nos animais do GI completou-se entre sete e dez dias, e nos eqüinos do GII entre nove e quatorze dias. Na análise dos escores clínicos de cicatrização observou-se que a partir do quarto dia o GI apresentou melhor escore de cicatrização que o GII. Verificou-se que o valor total do tratamento foi de aproximadamente R$ 370,00 ou US$ 142,30. PALAVRAS-CHAVE: Eqüino, palatite, palato.