Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento (Mar 2022)
Perfil dietético antioxidante de mulheres climatéricas hipertensas do sul do brasil
Abstract
Introdução: O estresse oxidativo está envolvido na fisiopatologia da hipertensão arterial sistêmica (HAS) e o papel dos antioxidantes nesse contexto ainda precisa ser melhor compreendido. Objetivo: avaliar a prevalência de hipertensão e a relação com ingestão de polifenóis e capacidade antioxidante total dietética (DTAC) em mulheres climatéricas da Serra Gaúcha-RS, Brasil. Materiais e métodos: 41 mulheres participaram do estudo (CEP 2.420.632; 07/12/2017) e foram submetidas a aferições de peso, altura, circunferência da cintura e pressão arterial. Aplicaram-se diferentes questionários visando a obtenção de informações sociodemográficas e de saúde, além do Recordatório Alimentar de 24 horas. Comparações entre os grupos hipertenso e não hipertenso foram feitas através de teste t de Student ou qui-quadrado. Resultados: A prevalência de HAS na população foi de 29,27 % (IC95% 14,73; 43,81) e as mulheres hipertensas apresentaram IMC estatisticamente superior ao das não hipertensas (p=0,047). Embora sem diferença estatística, observou-se que o grupo hipertenso apresentou DTAC e ingestão de polifenóis totais diminuídos (9 e 11 % de redução, respectivamente). O mineral magnésio teve sua ingestão significativamente reduzida (30 %; p=0,006) pelas mulheres hipertensas. Observou-se que elas exibiram uma ingestão abaixo do recomendado para as vitaminas A e E. Dentre os alimentos e bebidas que contribuíram para aumentar a DTAC das participantes, o café ficou em primeiro lugar em ambos os grupos. Conclusão: Esses dados demonstram a importância do monitoramento do consumo de antioxidantes visando a prevenção e/ou controle da hipertensão e de doenças relacionadas à saúde do coração, em mulheres climatéricas.