Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia (Apr 2024)

Baixa ingestão de proteínas está associada à mortalidade em idosos brasileiros

  • Ângela Maria Natal de Souza,
  • Dalila Pinto de Souza Fernandes,
  • Isah Rabiu,
  • Jérsica Martins Bittencourt,
  • Juliana Farias de Novaes,
  • Andréia Queiroz Ribeiro

DOI
https://doi.org/10.1590/1981-22562024027.230206.pt
Journal volume & issue
Vol. 27

Abstract

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Resumo Objetivo Estimar a associação entre baixa ingestão de proteínas e mortalidade em pessoas idosas. Métodos Estudo prospectivo realizado com 621 pessoas idosas da cidade de Viçosa (Minas Gerais), município de médio porte no Brasil. A ingestão de proteínas foi avaliada na linha de base (2009) pelo recordatório de ingestão habitual e foi utilizada a classificação de ingestão de proteínas proposta pela Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral. Os dados de mortalidade foram coletados no período de acompanhamento (2009 a 2018) através do Sistema de Informações sobre Mortalidade. Modelos de regressão de Cox foram aplicados para estimar a associação independente entre ingestão total de proteínas e mortalidade, e estimativas de hazard ratio e seus respectivos intervalos de confiança de 95% foram calculados. Resultados Entre os 621 participantes do estudo, 52,7% eram do sexo feminino e a prevalência de baixa ingestão proteica foi de 60,9%. Ao longo dos 9 anos de acompanhamento ocorreram 154 óbitos (23,3%). No modelo ajustado, pessoas idosas com baixa ingestão de proteínas apresentaram maior risco de morte [HR: 1,72; IC 95%: 1,05 - 2.82]. Conclusão A baixa ingestão de proteínas pode aumentar o risco de morte em pessoas idosas.

Keywords