Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Mar 2014)

Pressao arterial elevada em criancas e sua correlacao com tres definicoes de obesidade infantil

  • Leonardo Iezzi de Moraes,
  • Thais Coutinho Nicola,
  • Julyanna Silva Araujo de Jesus,
  • Eduardo Roberty Badiani Alves,
  • Nayara Paula Bernurdes Giovaninni,
  • Daniele Gasparini Marcato,
  • Jessica Dutra Sampaio,
  • Jeanne Teixeira Bessa Fuly,
  • Everlayny Fiorot Costalonga

DOI
https://doi.org/10.5935/abc.20130233
Journal volume & issue
Vol. 102, no. 2
pp. 175 – 180

Abstract

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FUNDAMENTO: Diversos autores correlacionaram o aumento do risco cardiovascular com o estado nutricional, porém existem diferentes critérios para a classificação de sobrepeso e obesidade em crianças. Objetivos: Avaliar o desempenho de três critérios de classificação nutricional em crianças, como definidores da presença de obesidade e preditores de níveis pressóricos elevados em escolares. MÉTODOS: Oitocentas e dezessete crianças de 6 a 13 anos matriculadas em escolas públicas do município de Vila Velha (ES) foram submetidas a avaliação antropométrica e de pressão arterial. A classificação quanto ao estado nutricional foi estabelecida mediante dois critérios internacionais (CDC/NCHS 2000 e IOTF 2000) e um critério brasileiro (Conde e Monteiro 2006). RESULTADOS: A prevalência de excesso de peso foi maior quando utilizado o critério de Conde e Monteiro (27%), e menor pelo critério do IOTF (15%). Pressão arterial elevada foi observada em 7,3% das crianças. Identificou-se forte associação entre a presença de excesso de peso e a ocorrência de níveis pressóricos elevados, independentemente do critério utilizado (p < 0,001). O critério que demonstrou maior sensibilidade em prever PA elevada foi o de Conde e Monteiro (44%), enquanto o de maior especificidade (94%), além de maior acurácia geral (63%), foi o do CDC. CONCLUSÕES: A prevalência de excesso de peso em crianças brasileiras é maior quando utilizado o critério de classificação de Conde e Monteiro, e menor quando utilizado o critério do IOTF. O critério de classificação brasileiro demonstrou ser o mais sensível como preditor de risco de PA elevada nessa amostra.

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