Cadernos de Saúde Pública (Jan 2008)

Atividade física em adultos e idosos residentes em áreas de abrangência de unidades básicas de saúde de municípios das regiões Sul e Nordeste do Brasil Physical activity in young adults and the elderly in areas covered by primary health care units in municipalities in the South and Northeast of Brazil

  • Fernando V. Siqueira,
  • Luiz Augusto Facchini,
  • Roberto X. Piccini,
  • Elaine Tomasi,
  • Elaine Thumé,
  • Denise S. Silveira,
  • Pedro C. Hallal

DOI
https://doi.org/10.1590/S0102-311X2008000100005
Journal volume & issue
Vol. 24, no. 1
pp. 39 – 54

Abstract

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As mudanças na pirâmide demográfica brasileira e conseqüente envelhecimento populacional têm promovido aumento de doenças crônicas. Nesta realidade, as unidades básicas de saúde e a atividade física ganham importância. Em um estudo com delineamento transversal, avaliou-se a prevalência de sedentarismo e fatores associados em 4.060 adultos e 4.003 idosos, residentes em áreas de unidades básicas de saúde de 41 municípios com mais de 100 mil habitantes, em sete estados do Brasil. A prevalência de sedentarismo foi de 31,8% (IC95%: 30,4-33,2) e 58% (IC95%: 56,4-59,5) para adultos e idosos respectivamente, sendo sempre maior na Região Nordeste e nos homens. Baixa renda familiar foi fator de risco para sedentarismo nos adultos e idosos, enquanto a baixa escolaridade apresentou um efeito somente entre os idosos. Houve relação inversa entre autopercepção de saúde e sedentarismo para adultos e idosos. A prevalência média de sedentarismo foi maior na área de abrangência das unidades básicas de saúde Pré-PROESF em comparação aos outros modelos de atenção básica. Conclui-se que a prevalência de sedentarismo é muito elevada e que os grupos sócio-econômicos mais desfavorecidos apresentam nível menor de atividade física.Shifts in Brazil's demographic structure have expanded the country's elderly population and consequently increased the rates of chronic diseases. This paper describes the prevalence of sedentary lifestyle and associated factors in a cross-sectional study, including 4,060 non-elderly and 4,003 elderly adults in 41 cities in seven States of the country. Prevalence of sedentary lifestyle was 31.8% (95%CI: 30.4-33.2) in non-elderly adults and 58.0% (95%CI: 56.4-59.5) in the elderly; sedentary lifestyle was more frequent in the Northeast and among males. Low family income was associated with higher prevalence of sedentary lifestyle in both non-elderly and elderly adults, while low schooling was only observed among the elderly. There was an inverse association between self-reported health status and sedentary lifestyle. Mean prevalence of sedentary lifestyle was higher in areas covered by pre-PROESF units in comparison to other health system models. We conclude that sedentary lifestyle is highly prevalent and that disadvantaged socioeconomic groups are more likely to be sedentary.

Keywords