Revista Brasileira de Farmácia Hospitalar e Serviços de Saúde (Mar 2019)

Intervenções farmacêuticas em uma unidade de terapia intensiva de um hospital universitário

  • Elaine de Oliveira Araujo,
  • MARIANE VIAPIANA,
  • ELZA APARECIDA MACHADO DOMINGUES,
  • GABRIELA SALOMÃO DE OLIVEIRA,
  • CAMILA GUIMARÃES POLISEL

DOI
https://doi.org/10.30968/rbfhss.2017.083.005
Journal volume & issue
Vol. 8, no. 3

Abstract

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Introdução: A intervenção farmacêutica tem como objetivo a solução ou prevenção de resultados negativos oriundos da utilização de medicamentos. Evidências científicas têm demonstrado que os cuidados farmacêuticos melhoram desfechos clínicos e econômicos. Objetivos: Descrever e analisar o perfil das intervenções farmacêuticas (IF) realizadas pelo farmacêutico clínico intensivista e evidenciar sua importância em uma Unidade de Terapia Intensiva Adulto de um hospital universitário. Metodologia: Estudo descritivo transversal, realizado no período de março a dezembro de 2016. Todas as IF realizadas na prática clínica diária registradas em banco de dados eletrônico da instituição foram incluídas no estudo. As intervenções foram classificadas em intervenções relacionadas ou não relacionadas ao medicamento conforme categorias estabelecidas pelo serviço de farmácia clínica da instituição. Realizou-se análise estatística descritiva das variáveis estudadas. Resultados: No período do estudo foram realizadas 506 intervenções farmacêuticas (média de 51 intervenções/mês e 1,68 intervenções/dia). As intervenções relacionadas ao medicamento mais prevalentes foram: incompatibilidade medicamentosa via conexão em Y (n=171; 38,43%), necessidade de terapia (n= 63; 14,16%) e falta de medicamento (n= 40; 8,99%). Já as intervenções não relacionadas ao medicamento mais frequentes foram: não conformidade da prescrição (n=18; 29,51%), justificativa de medicamento de uso restrito/antimicrobianos vencida (n=14; 22,95%) e falha na identificação de medicamentos (n=7; 11,47%). A média de aceitabilidade das intervenções pelos profissionais foi de 96,24%. Caso não houvesse intervenções, o principal desfecho clínico estimado seria a falha ou inefetividade terapêutica. Conclusões : Os resultados evidenciaram a importância do farmacêutico clínico na obtenção de respostas terapêuticas mais efetivas e seguras em pacientes críticos.