Cadernos de Saúde Pública (Dec 2010)

Práticas dos trabalhadores de saúde na comunidade nos modelos de atenção básica do Sul e Nordeste do Brasil Health workers' community practices in primary health care models in South and Northeast Brazil

  • Alexandra da Rosa Martins,
  • Denise Silva da Silveira,
  • Fernando Vinholes Siqueira,
  • Luiz Augusto Facchini,
  • Roberto Xavier Piccini,
  • Elaine Tomasi,
  • Elaine Thumé,
  • Marilu Correa Soares

DOI
https://doi.org/10.1590/S0102-311X2010001200007
Journal volume & issue
Vol. 26, no. 12
pp. 2279 – 2295

Abstract

Read online

Com o objetivo de verificar a prevalência de participação em práticas de saúde na comunidade, foi realizado um estudo transversal com 3.743 trabalhadores da atenção básica à saúde de 41 municípios com mais de 100 mil habitantes das regiões Sul e Nordeste do Brasil. A prevalência de participação foi de 62,7%, sendo significativamente maior no Nordeste e no Programa Saúde da Família (PSF). A prática mais realizada foi educação em saúde em datas festivas, palestras e grupos. Verificou-se associação positiva do desfecho com sexo (feminino), capacitação no manejo de doenças crônicas, utilização de protocolos, satisfação com reuniões comunitárias e unidade de saúde com ensino. As diferenças da prevalência do desfecho por região e modelo reafirmam as expectativas inerentes ao contexto histórico da reorganização da atenção básica à saúde. Os resultados indicam que é necessário ampliar a participação dos trabalhadores de saúde junto à comunidade, considerando que a atenção básica à saúde é o nível de atenção que oferece a possibilidade de construção de práticas equânimes em saúde.In order to verify the prevalence of health workers' participation in health practices in the community, a cross-sectional study was conducted with 3,743 primary care health workers in 41 municipalities with more than 100 thousand inhabitants each in South and Northeast Brazil. Overall prevalence of participation in the community was 62.7%, and was significantly higher in the Northeast and in the Family Health Program (FHP). The most common practice was health education on special holidays, in talks, and in groups. There was a positive association between participation and: female gender, training in the management of chronic diseases, use of protocols, satisfaction with community meetings, and academic health services. Differences in the prevalence of participation by region and health care model reaffirmed the inherent expectations in the historical context of reorganization of primary care. The results indicate that it is necessary to expand participation by health workers in the community, considering that primary care is the level of care that provides the best possibilities for promoting health practices with equity.

Keywords